
O balanço diário do governo de ontem (1º), registrou 573 novas contaminações, o número mais alto em uma semana. Foram registrados ontem (29) 427 contaminações. Os casos de morte, porém, caíram de 47 no sábado para 35 hoje.
O coronavírus já infectou mais de 87 mil pessoas em 64 países e provocou quase 3 mil mortes. A China concentra a maioria dos casos, com quase 80 mil infectados e 2.870 óbitos.
Brasileira que vive em província vizinha a Hubei, epicentro do surto de novo coronavírus, diz temer que população entre em pânico com eventual colapso de serviços básicos.
Na China desde agosto do ano passado, a brasileira Luana Borges relatou à DW Brasil sua rotina após a eclosão do surto de um novo coronavírus no país. Natural de Florianópolis, ela é professora de inglês em Xian, cidade com 12 milhões de habitantes, na província de Shaanxi, vizinha a Hubei, epicentro do surto.
"O que está aberto é farmácia e loja de conveniência. Ainda tem um pouco de gente andando nas ruas, mas está deserto comparado ao que é normalmente", diz. "Saí dois dias atrás para ir a um mercado tipo atacado, e já havia prateleiras vazias."
Segundo ela, o uso de máscara também se tornou comum mesmo em ambientes fechados, o que não era habitual antes. "Em geral, as pessoas aqui, especialmente os estrangeiros, usam máscara para se proteger da poluição, mas agora todos estão usando, mesmo em ambientes fechados", relata.
A recomendação para usar máscara em ambientes com aglomeração de pessoas veio do próprio governo, o que provocou uma corrida às lojas e esgotamento dos estoques. Outra diretriz foi que todas as escolas tivessem as aulas canceladas, e o feriado do Ano Novo Lunar, que iria até o dia 30 de janeiro, foi estendido até 2 de fevereiro. "Sei que creches, jardins e escolas de ensino infantil vão voltar só depois de 20 de fevereiro", conta a brasileira.