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Entregadores querem aumento e seguro de roubo; veja as reivindicações

Entregadores querem aumento e seguro de roubo; veja as reivindicações
Foto: Edvan Cruz
Aumento no valor das corridas e seguro de roubo são apenas algumas reivindicações dos entregadores de aplicativos que decidiram paralisar suas atividades nesta quarta-feira (1º). O dia é marcado por protestos da categoria em diversas cidades do país.

Em Salvador, um grupo se reúne nas proximidades do Shopping da Bahia e outros optaram por ficar em casa, se resguardando. Foi o caso do entregador Diogo Ferreira, que há mais de seis anos atua no ramo e há cerca de um ano e meio passou a usar os aplicativos para fazer suas corridas de motocicleta.

"Antigamente, rodando sem aplicativo, como eu trabalhava nos finais de semana, juntando com meu salário, eu tirava uma renda de R$ 2,5 mil, R$ 3 mil. Hoje eu não tiro isso e ainda assim é muito desgastante", frisa Ferreira, dando como exemplo corridas de Cajazeiras à Barra, em viagens de mais ou menos 28 km, e falta de apoio das empresas de delivery em caso de assalto ou afastamento por Covid-19.

Ele critica também a política de bloqueio aos entregadores, que é adotada pelas empresas. Ferreira e outros trabalhadores da área afirmam que são bloqueados, sem chance de defesa ou espaço para questionamento. "O suporte é totalmente incompreensível, é robotizado", destaca.

Foto: Glauber Guerra / Bahia Notícias


A fim de oficializar essas reivindicações, o Projeto Parceiros Alegria promoveu uma série de ações para ajudar os ciclistas e motociclistas. "A gente juntou a galera e chamou a imprensa pra falar. Nossas reivindicações são aumento do valor da taxa, porque hoje a gente está recebendo menos de R$ 1 por quilômetro; um espaço físico pra o pessoal parar um pouquinho, ir no banheiro, beber água e outras demandas", indica Edvaldo Cruz, presidente do projeto.

As outras pautas a que ele se refere são aumento do valor mínimo por entrega, seguro de roubo, acidente e vida, fim do sistema de pontuação e um auxílio pandemia. Tanto Cruz quanto Ferreira ressaltam que iFood, UberEats, Rappi e as demais empresas não dão retorno sobre as reivindicações.

"Eles não dão equipamento de segurança aos entregadores de bicicleta, a pessoa tem que comprar a mochila pra fazer a propaganda, capacete, luva, sem qualquer auxílio deles. E se tiver um incidente, não tem nenhuma assistência de vida. Nesse período, se pegar o coronavírus, vai ficar parado e não tem suporte", acrescenta Cruz.

Com 17 anos de existência, o projeto está doando bicicletas para pessoas que precisam trabalhar com entregas. Eles também entraram com uma petição no Ministério Público do Trabalho (MPT) e fizeram um abaixo-assinado para colher assinaturas e entrar com uma Ação Civil Pública, exigindo melhores condições trabalhistas para os entregadores. O Bahia Notícias tenta contato com as assessorias das empresas para saber se elas tomarão alguma posição.

BN

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