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Serra Preta precisa ser reconhecida como Patrimônio Histórico antes que desapareça do mapa


A história do Brasil pulsa em cada pedra, monte e estrutura esquecida de Serra Preta, um dos centros urbanos mais antigos da América. Elevada à condição de vila em 1722 — cem anos antes da independência do Brasil —, a cidade carrega em seu território memórias de um passado que ajudou a construir a identidade nacional. No entanto, essa riqueza histórica corre o risco de desaparecer diante da negligência do poder público e da ausência de políticas de preservação.

Hoje, Serra Preta enfrenta um processo de decadência acelerada. Não há farmácia, padaria ou serviços básicos que sustentem a vida cotidiana de uma comunidade. A população local assiste, impotente, à ruína do patrimônio arquitetônico, enquanto o comércio enfraquece e os empregos minguam. O silêncio das autoridades ecoa pelas ruas vazias de uma cidade que pede socorro.

É urgente que Serra Preta seja reconhecida como Patrimônio Histórico, seja pelo IPAC (Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia), pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) ou por ambos. O tombamento de seus bens naturais e arquitetônicos — como o Tanque Velho e o Monte da Capina — pode se tornar um ponto de virada para a cidade, fomentando o turismo histórico, atraindo investimentos, fortalecendo a cultura local e criando oportunidades de emprego e renda para os moradores.

“A inércia administrativa, especialmente da atual gestão municipal, tem agravado o abandono. Faltam sensibilidade, visão e compromisso com a memória do povo serrapretense. Preservar Serra Preta não é apenas um ato de respeito ao passado, mas uma estratégia inteligente de desenvolvimento sustentável para o futuro”, disse o radialista Valter Vieira.

Como destaca o professor e historiador Mário Ângelo, a cidade é um retrato fiel do Brasil Colonial, nascido da dor dos povos originários Paiaiás e do povo negro escravizado. Ignorar essa história é apagar parte essencial da narrativa brasileira.

Confira a íntegra do texto do professor e historiador Mário Ângelo:

“Você sabia que a cidade de Serra Preta é um dos centros urbanos mais antigos da América? A cidade foi elevada a vila em 1722 — cem anos antes do Brasil se tornar independente da metrópole portuguesa.

Hoje, a cidade está praticamente abandonada, tendo seu patrimônio arquitetônico destruído paulatinamente. Serra Preta surgiu a partir do massacre dos povos originários Paiaiás e da exploração do povo negro escravizado. É uma síntese do Brasil Colonial.

O reconhecimento histórico, através do Tombamento de determinados bens arquitetônicos e naturais (Tanque Velho e Monte da Capina), da cidade de Serra Preta pode impulsionar a economia local, desenvolvendo emprego e renda.

@ipac.ba
@iphangovbr
@prefeituraserrapreta”

Preservar Serra Preta é mais do que necessário — é um dever com a memória do Brasil e com as futuras gerações.

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