Téo Senna reforça apelo pelo fim da greve na educação em Salvador
O vereador questionou, ainda, o real objetivo do movimento
Na tarde desta quinta-feira (17), o vereador Téo Senna (PSDB) reforçou o apelo pelo fim da greve dos professores municipais, que teve início no dia 4 de maio, e questionou o real objetivo do movimento. Professor aposentado, vice-líder do prefeito Bruno Reis na Câmara Municipal e vice-presidente da Comissão de Educação da Casa, ele destacou que 90% das escolas estão abertas e que 70% dos professores retornaram às atividades.
“O mesmo sindicato [Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB)], que aceitou um reajuste menor do Governo do Estado sem barulho, agora promove greve em Salvador, mesmo após avanços inéditos. É claro que o motivo não é salarial, é político-partidário”, criticou, reforçando ainda que o município assegurou aumentos salariais que variam de 9% a 18%, acima do reajuste nacional de 6,27%, e criou novas vagas na carreira para progressão por titulação.
“Enquanto o diálogo foi mantido de forma responsável pela Prefeitura, os dirigentes sindicais optaram por radicalizar, penalizando milhares de estudantes e suas famílias”, pontuou o vereador.
Téo Senna destacou que a postura do sindicato fragiliza a própria credibilidade do movimento sindical, bem como lembrou que o Supremo Tribunal Federal (STF) manteve a ilegalidade da greve e alertou para as consequências civis e penais em caso de descumprimento das decisões judiciais e que o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) ordenou o bloqueio preventivo das contribuições sindicais dos trabalhadores em educação e aumentou a multa diária de R$ 100 mil para R$ 200 mil por cada dia de continuidade do movimento.
“Que sentem-se à mesa e cheguem a um consenso. O que não dá é para continuar prejudicando nossas crianças por uma disputa ideológica disfarçada de greve”, concluiu.
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Câmara realiza Prêmio Maria Felipa no Dia da Mulher Negra
Solenidade será conduzida pela vereadora Ireuda Silva no dia 25 de julho, às 17h, no Centro de Cultura
Em celebração ao Dia Internacional da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha e ao Dia Nacional da Mulher Negra, a Câmara Municipal de Salvador realiza mais uma edição do Prêmio Maria Felipa. Conduzida pela vereadora Ireuda Silva (Republicanos), a solenidade será realizada no dia 25 deste mês, às 17h, no Centro de Cultura da Câmara.
Em 2024, a honraria completou 15 anos de existência como uma das mais importantes homenagens concedidas a mulheres negras que se destacam na luta por direitos e no combate ao racismo, como destaca a vereadora, que é presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher e vice-presidente da Comissão de Reparação da Casa.
“A Bahia e o Brasil ainda sofrem com a discriminação racial, que mutila direitos fundamentais. Nesse contexto tão cruel e que ainda guarda resquícios da escravidão, as mulheres negras são duplamente vitimadas, já que o preconceito tem natureza racial e de gênero”, pontuou a vereadora.
Ireuda também ressaltou a importância simbólica e política da premiação: “Desse modo, penso que este dia e este prêmio são o mínimo que podemos fazer para reafirmar o nosso posicionamento, mostrar que nós, mulheres negras, estamos aqui, que somos peças fundamentais da história do Brasil e da Bahia. E que lutamos constantemente para melhorar a realidade de todas nós”.
Ao longo dos últimos anos, o prêmio já homenageou centenas de mulheres negras, entre elas Kenia Maria, defensora dos direitos das mulheres negras pela ONU; a embaixadora de Gana no Brasil, Abena Busia; e a cantora e ministra da Cultura, Margareth Menezes.
Lista de premiadas de 2025:
Eliete Paraguassu – vereadora
Dalila Garcez – psicóloga
Jaqueline Silva da Hora – coordenadora de Políticas Públicas para a Juventude (SPMJ)
Kauane Brito – jornalista, TVE
Isabela Sousa – vereadora
Ana Portela – jornalista, TV Câmara
Manuela Rosa – radialista, Rádio Câmara
Miryan Yusuf – médica
Rosenir Almeida – subtenente, comandante da Ronda Maria da Penha da Ilha
Simone Dias – tenente PMBA
Priscila Pires – jornalista, TV Aratu
Jaqueline Rosa – trancista
Alessandra Dias – Guarda Civil Municipal
Ana Paula Costa – major PMBA
Ana Paula Bezerra – policial penal
Reijane Dantas – tenente-coronel, Corpo de Bombeiros
Cássia Santos – pastora
Nasciara Nascimento Souza – capitã de Corveta, Marinha do Brasil
Gladys Melo Nunes – 3º sargento, Exército Brasileiro
Patrícia Maria – ginecologista
Priscila – fisioterapeuta
Silvia Gonçalves – professora
Maria Francelina – obreira
Tatiana Factum – empreendedora
Andrea Nascimento – chef executiva e diretora comercial, Solar Gastronomia
Flavia Silva – estrategista de carreira
Lutiane Ferreira – tenente-coronel, bombeira militar
Quem foi Maria Felipa?
Maria Felipa de Oliveira foi uma marisqueira e pescadora que viveu na Ilha de Itaparica. Assim como Joana Angélica e Maria Quitéria, ela teve papel fundamental na luta pela Independência da Bahia. Em 1823, liderou um grupo de mais de 200 pessoas, incluindo indígenas tupinambás e tapuias e outras mulheres negras, em batalhas contra tropas portuguesas que atacavam a ilha. Segundo relatos, o grupo foi responsável por incendiar ao menos 40 embarcações inimigas.
Jorge Araújo propõe tarifa
diferenciada e mais fiscalização
Vereador defende incentivo ao transporte fora do pico e ações da Codecon em shoppings para proteger os consumidores
O Projeto de Indicação nº 110/2025, aprovado na Câmara Municipal de Salvador, de autoria do vereador Jorge Araújo (PP), propõe a criação de uma tarifa diferenciada no transporte público fora dos horários de pico. A medida, conforme o autor, visa estimular o uso do transporte coletivo em horários alternativos, reduzindo a superlotação nos períodos de maior movimento e garantindo maior equilíbrio na distribuição da demanda ao longo do dia.
A indicação sugere que o modelo seja implementado com base em estudos técnicos e que conte com um programa de monitoramento e avaliação de resultados.
“A tarifa pode ser financiada por meio de recursos do orçamento municipal, parcerias com os governos estadual e federal, além de incentivos fiscais e compensatórios para as empresas concessionárias do serviço de transporte coletivo”, acrescentou o vereador, ressaltando que a iniciativa reforça o compromisso da Câmara em buscar alternativas viáveis e inclusivas para os desafios do transporte urbano na capital baiana.
Estacionamentos
Aliado a isso, Jorge Araújo destacou a aprovação de outra matéria de sua autoria, que solicita à Prefeitura a intensificação da fiscalização nos estacionamentos dos shopping centers da cidade, a fim de proteger os consumidores e garantir maior transparência na cobrança de tarifas.
“A proposta visa fortalecer a atuação da Diretoria de Ações de Proteção e Defesa do Consumidor (Codecon), órgão responsável por zelar pelos direitos dos consumidores em Salvador, diante de recorrentes denúncias sobre cobranças indevidas, ausência de informações claras sobre os preços praticados e precariedade na estrutura oferecida aos usuários”, justificou.
“A população não pode continuar sendo vítima de práticas abusivas. Precisamos garantir que os estacionamentos cumpram as normas legais, respeitem os direitos dos consumidores e ofereçam um serviço digno”, reiterou Jorge Araújo.
Conforme explicou o parlamentar, o Projeto de Indicação nº 111/2025 sugere que a Codecon realize fiscalizações sistemáticas, aplique sanções em caso de irregularidades e amplie os canais de denúncia para os cidadãos. Além disso, defende o monitoramento contínuo das condições físicas e operacionais desses estabelecimentos.
“O ofício nº 8.790/2025, relacionado ao projeto, foi encaminhado ao prefeito Bruno Reis, com o pedido para que as ações sejam implementadas de forma efetiva, priorizando a transparência, o respeito ao consumidor e a qualidade do serviço oferecido”, concluiu Araújo.
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João Cláudio Bacelar propõe
Banco de Boas Práticas Educacionais
Projeto de lei busca registrar e compartilhar experiências pedagógicas inovadoras desenvolvidas nas escolas de Salvador
Com o objetivo de valorizar experiências pedagógicas inovadoras e fortalecer a rede de ensino em Salvador, tramita na Câmara Municipal o Projeto de Lei nº 246/2025, de autoria do vereador João Cláudio Bacelar (Podemos). A matéria propõe a criação do Banco Municipal de Boas Práticas Educacionais.
A iniciativa, que será vinculada à Secretaria Municipal da Educação (Smed), tem como finalidade registrar, organizar, divulgar e promover o intercâmbio de experiências exitosas realizadas nas escolas públicas e privadas da capital baiana.
De acordo com a proposta, o banco será um espaço de sistematização de atividades pedagógicas que se destacam pela inovação, inclusão e eficácia. Entre os principais objetivos estão o incentivo à troca de experiências entre profissionais da educação, a valorização de práticas pedagógicas bem-sucedidas, o estímulo ao aperfeiçoamento do ensino e a disponibilização pública dessas experiências, organizadas por etapa, série, área do conhecimento e modalidade de ensino.
“Essa proposta é um reconhecimento ao esforço diário de tantos professores e educadores que, mesmo diante de dificuldades, desenvolvem práticas pedagógicas transformadoras. Com o banco, essas ações ganham visibilidade, inspiram outras escolas e fortalecem a educação municipal como um todo”, destacou João Cláudio Bacelar.
A iniciativa prevê, ainda, que poderão ser cadastradas no Banco Municipal de Boas Práticas Educacionais as ações realizadas na educação infantil e no ensino fundamental da rede pública e privada de Salvador. Cada prática cadastrada deverá conter informações como a descrição detalhada da atividade ou projeto e seus objetivos pedagógicos.
Ainda de acordo com o vereador, “o projeto poderá contribuir significativamente para o aprimoramento do processo educacional na cidade, além de valorizar os profissionais da área e ampliar o acesso a soluções pedagógicas eficazes”.
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Randerson Leal busca ampliação
das faixas exclusivas para motos
Vereador discutiu o tema em reunião com o secretário nacional de Trânsito, durante agenda em Brasília
O vereador Randerson Leal (Podemos), autor do Projeto de Lei nº 156/2024, que originou a Lei Municipal nº 9.841/2025, responsável pela criação da Faixa Azul em Salvador, esteve em Brasília no dia 16, em audiência com o secretário nacional de Trânsito, Adrualdo Lima. O encontro teve como pauta a expansão das faixas exclusivas para motociclistas na capital baiana.
“A Faixa Azul já provou sua eficácia em termos de segurança e fluidez no trânsito. Nosso objetivo é garantir que mais regiões da cidade sejam beneficiadas com essa solução”, destacou Randerson.
Durante o encontro, o vereador entregou um ofício formal solicitando informações sobre o andamento da autorização e implantação de novas moto-faixas em outras vias da cidade, além de cobrar transparência quanto ao cronograma de execução e medidas de acompanhamento.
A primeira Faixa Azul de Salvador foi implantada na Av. Bonocô e já mostra resultados positivos. Segundo dados da Superintendência de Trânsito de Salvador (Transalvador), as mortes de condutores de motocicleta na cidade caíram 37% no primeiro semestre de 2025, em comparação com o mesmo período de 2024.
A implantação e ampliação da Faixa Azul é uma das bandeiras do mandato de Randerson Leal, que defende a medida como fundamental para a organização do trânsito urbano, proteção dos motociclistas e redução de acidentes.
O secretário Adrualdo Lima se comprometeu em analisar a demanda com atenção, destacando que a equipe técnica da Senatran irá avaliar os dados e números apresentados para viabilizar a liberação de novas faixas exclusivas.
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Roda de conversa discute Lei Moa
do Katendê e capoeira nas escolas
Vereador Hamilton Assis participa do evento nesta sexta-feira (18), às 15h30, no Espaço Marielle e Marighella
O vereador Hamilton Assis (PSOL) vai participar, nesta sexta-feira (18), às 15h30, de uma roda de conversa sobre a Lei Moa do Katendê e a implementação da capoeira como componente curricular nas escolas públicas. Conforme o parlamentar, a atividade é mais uma ação que valoriza a cultura afro-brasileira e combate o racismo estrutural.
O encontro acontecerá no Espaço Marielle e Marighella, na Rua João Gomes, 43, Rio Vermelho, e contará com a presença do coletivo Alicerce com a vereadora gaúcha Karen Santos (PSOL-RS) e do deputado estadual Hilton Coelho (PSOL). De forma articulada, os três parlamentares confirmados no evento já apresentaram projetos de implementação da capoeira como obrigatória nas escolas.
A roda de conversa será aberta ao público e promete reunir educadores, mestres de capoeira, estudantes, ativistas e representantes do poder público comprometidos com a construção de uma educação libertadora e antirracista.
O evento tem como objetivo ampliar o debate sobre a capoeira enquanto expressão cultural, identidade ancestral e ferramenta de resistência do povo negro, além de discutir formas concretas de garantir sua presença na formação escolar das crianças e jovens da rede pública.
Para Hamilton Assis, a inclusão da capoeira no currículo escolar é uma afirmação política e pedagógica contra o apagamento da história e das contribuições da população negra no Brasil. “A capoeira é muito mais que uma prática física ou cultural. Ela é parte da nossa herança de luta, ancestralidade, é resistência viva contra o racismo, a marginalização e seu ensino é uma forma de descentralizar o conhecimento eurocêntrico nas escolas”, afirmou o vereador.
A luta pela implementação da Lei Moa do Katendê, que homenageia o mestre capoeirista assassinado por motivações políticas em 2018, está no centro das ações do mandato de Hamilton em defesa da cultura afro-brasileira como eixo estruturante da educação pública.
O vereador vem atuando de forma articulada com movimentos culturais, mestres de capoeira, coletivos educacionais e parlamentares de todo o país para garantir que a capoeira deixe de ser vista como atividade extracurricular e seja reconhecida como conteúdo essencial à formação cidadã, crítica e antirracista para as crianças e adolescentes da cidade com maior número de negros fora do continente africano, que é Salvador.