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Atletas e Confederação de karatê lamentam saída do programa olímpico: "Decepção"

Douglas Brose teme pela sequência da modalidade nos Jogos Olímpicos — Foto: Sergio Dutti/Exemplus/COB

Comitê Organizador Local de Paris 2024 anuncia lista de esportes adicionais e prévia não consta com o karatê; Douglas Brose, Vinícius Figueira e Valéria Kumizaki se entristecem com cenário da modalidade


KF

Nesta semana, o Comitê Organizador Local (COL) anunciou a lista de esportes adicionais para o programa olímpico. Os franceses mantiveram o surfe, o skate e a escalada esportiva na programação, modalidades que vão estrear em Tóquio 2020 como esportes adicionais. O breakdance foi a quarta nova modalidade proposta. Desta maneira, o karatê deve ficar fora da edição de 2024 dos Jogos - o que provocou decepção e lamentos de atletas e também da Confederação Brasileira de Karatê (CBK).
A possibilidade do karatê ficar fora dos Jogos de Paris foi um duro golpe para a comunidade esportiva da modalidade. No Brasil, os principais atletas brasileiros se manifestaram e, claro, lamentaram o cenário.
Vinicius Figueira, vice-campeão mundial em 2018 e o terceiro colocado do ranking na categoria até 67kg, foi enfático ao falar sobre o assunto. Para ele, o foco deve ser em Tóquio.
- É uma notícia muito triste, mas estamos focados em 2020 - resumiu o atleta.
Bicampeão mundial em 2010 e 2014, Douglas Brose se mostrou decepcionado. Ele que foi um dos líderes na busca pela modalidade ser olímpica no Japão, compreende que o karatê do mundo inteiro perde, em caso deste cenário ser confirmado.
Para Valéria Kumizaki, vice-campeã Mundial em 2016, explicou que esperava pela manutenção da modalidade no programa olímpico.
- Nós que esperamos tanto esse momento, tínhamos a esperança de que continuaria e agora está fora. A gente sempre esperou, é uma decepção muito grande. Para a gente que esta na corrida olímpica fica aquele gostinho de sermos os únicos que teremos a participação nas Olimpíadas, pois não sei se teremos mais, né? - avaliou.
Diante deste cenário, dificilmente o karatê, que está também em caráter de modalidade adicional nos Jogos de Tóquio em 2020, estará presente na edição seguinte dos Jogos. Porém, a definição dos esportes adicionais dependerá de uma análise do Comitê Olímpico Internacional (COI) - o Comitê Executivo, em março, terá uma reunião para tratar deste e outros assuntos. A previsão da definição das modalidades deve acontecer em dezembro de 2020.

Confira a posição da Confederação Brasileira de Karatê e da Federação Mundial de Karatê sobre o tema

A Federação Mundial de Karatê está profundamente entristecida pelo anúncio de que o Karatê não será incluído como um esporte adicional no programa dos Jogos Olímpicos de Paris 2024.
“Nosso esporte cresceu exponencialmente nos últimos anos, e ainda não tivemos a chance de provar nosso valor como esporte olímpico, já que faremos nossa estréia como uma modalidade olímpica em Tóquio 2020. Nos últimos meses, trabalhamos implacavelmente, em conjunto com a Federação Francesa, para alcançar nosso objetivo de sermos incluídos em Paris 2024. Acreditávamos que tínhamos cumprido todos os requisitos e que tínhamos as condições perfeitas para ser adicionado ao programa esportivo; no entanto, ficamos sabendo hoje que nosso sonho não estará se concretizando", disse o presidente da WKF, Antonio Espinós.
O Karate tem mais de 255 mil atletas afiliados na França em mais de 5.000 clubes. 55% destes atletas têm menos de 18 anos de idade. O país anfitrião de Paris 2024 é uma grande potência no Karate e conquistou 15 títulos mundiais nos últimos quatro Campeonatos Mundiais. Globalmente, o Karate tem 100 milhões de fãs em 194 federações nacionais em todo o mundo. A última edição do Campeonato Mundial foi transmitida em 186 países e registrou uma participação de 1200 atletas de 131 nações.
“A França é um dos países mais fortes do Karatê. Nós tínhamos esperanças de estar em Paris 2024 devido à força e popularidade do nosso esporte na França. Infelizmente, recebemos a péssima notícia para o Karate que nosso esporte será excluído dessa lista”, declarou o chefe do órgão internacional de governo do Karatê.
A Federação Mundial de Karatê convoca para superar essa adversidade, como aconteceu muitas vezes em situações como essa no passado. “Mais uma vez, precisamos nos recuperar rapidamente e continuar trabalhando como sempre fizemos. É assim que somos capazes de ter uma Federação e um esporte que todos nós podemos nos orgulhar. Por isso, conto com o seu apoio e cooperação como sempre”, disse Espinós aos milhões de seguidores do Karate.
*Colaborou Renan Koerich

G1

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