
Jair Bolsonaro (PSL) não participou diretamente dos atos ao seu favor na manhã deste domingo (26), mas não se refutou de compartilhar imagens das manifestações pelo país nas redes sociais. No twitter, o presidente compartilhou um registro em que um manifestante grita em apoio à “CPI da Lava Toga”, cujo propósito é investigar ministros de Cortes Superiores, entre elas o Supremo Tribunal Federal.
As imagens teriam sido feitas em São Luís, no Maranhão. O grito de um dos líderes do protesto é aplaudido pelos demais participantes da manifestação nas imagens compartilhadas por Bolsonaro.
Além da gravação no Maranhão, o presidente divulgou imagens de manifestações em outros estados. Em um vídeo da capital fluminense apoiadores vestidos com roupas verde e amarela entoam grito de guerra que se popularizou nas manifestações pelo impeachment de Dilma Rousseff, em 2016. "A nossa bandeira jamais será vermelha", cantaram, em uma referência ao PT.
De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, em Juiz de Fora, manifestantes defendiam a aprovação da reforma previdenciária e do pacote anticrime, do ministro Sérgio Moro (Justiça).
O presidente está na Rio de Janeiro desde sábado (25), quando participou do casamento de seu filho e deputado federal, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). A expectativa é de que ele se desloque no início da tarde para Brasília.
LAVA TOGA
O Senado chegou a arquivar a CPI que investigaria ministros de Cortes Superiores em abril, mas o presidente Davi Alcolumbre (DEM-AP) disse que decidiria "no momento oportuno", quando colocá-la em pauta para o plenário decidir se será instalada ou não.
O presidente do Senado guarda a criação da CPI e pedidos de impeachment de ministros do Supremo como trunfos para usar se achar necessário, de acordo com a reportagem.
Bolsonaro chegou a cogitar participar das manifestações, mas foi convencido a não comparecer pelo núcleo moderado do governo. A avaliação foi de que mesmo se os protestos mobilizarem muita gente, um apoio do presidente poderia piorar sua relação com o Judiciário e com o Legislativo, já que a pauta de reivindicação inclui críticas aos dois poderes.