O cantor e compositor Gilberto Gil afirmou durante participação no projeto “Cria”, no Rio de Janeiro, que “não existiria Bossa Nova sem maconha”. Para o artista, “a maconha tem uma coisa, ela clica uma coisa na interioridade, na consciência verbal que, ao menos pra mim, tinha isso de ensejar passeios mais tranquilos pelo campo da música, da melodia, do ritmo”.
“Aquela suavidade no João Gilberto, aquela intensidade moderada do Bob Marley; em tudo isso, sem dúvida nenhuma, a maconha teve papel enorme”, opinou Gil.
A deputada federal Dayane Pimentel, que também é baiana, lamentou a declaração.
“Com todo respeito, senhor Gilberto, gostaria de externar que não tenho nada contra a sua pessoa. Mas incomoda-me, e muito, uma declaração como esta. Primeiro, a Bossa Nova é um ritmo admirado por milhões e ligá-la à maconha é de uma promiscuidade imensurável. Sabe por quê? Porque neste exato momento muitas famílias (pais, mães, filhos, cônjuges, etc.) sentem dor com sua fala inadequada, senhor Gilberto”, escreveu a parlamentar no Instagram.
Dayane lembrou ainda que a droga “destrói” vidas e é a porta de entrada para o consumo de outros entorpecentes. “Pessoas que tentam salvar outras desse vício (da maconha) que, na grande maioria das vezes, acabam consumindo crack ou cocaína. Eu conheço de perto pessoas que passaram por isso porque também acreditaram que a maconha era inofensiva. Peço-te, como uma cidadã comum, como uma professora preocupada com a formação de nossos jovens: não faça isso”, complementou a deputada federal, que ainda aconselhou Gil: “se queres mídia, cante. Mas não desencante aqueles que já sofrem com a vivência dos males que essa droga (a maconha) causa”.





Fonte Informe Baiano