Trindade concedeu entrevista ao programa PNotícias na manhã desta quarta-feira (28)
O vereador José Trindade (sem partido) tem sido um crítico ferrenho da proposta de regulamentação dos motoristas por aplicativos em Salvador. Em entrevista ao programa PNotícias, da Piatã FM, Trindade afirmou que a regulamentação traz pontos que são de competência da União e que não cabe à prefeitura interferir.
Outro tema que o vereador citou foi a falta de apoio aos taxistas por parte de alguns vereadores e, sobretudo, do prefeito ACM Neto: "não podemos fechar os olhos pra evolução. Os aplicativos são uma realidade, existem em mais de 70 países do mundo. Por outro lado, a Câmara precisa preservar e ampliar os direitos dos taxista. Ontem na Comissão de Orçamento foram feitas algumas emendas, mas foram emendas tímidas para o que a Câmara poderia ter apresentado como forma de beneficiar os taxistas, porque são famílias. A prefeitura e a Câmara poderiam ter sido mais agressivas nas propostas, dando melhores condições aos taxistas".
Questionado sobre de qual forma a prefeitura poderia ter agido, Trindade respondeu: "poderia propor isenções de tarifas que os táxis pagam para haver equilíbrio. Vinte dias atrás a prefeitura apresentou projeto de isenção de ISS de transporte público em que abria mão de uma fortuna para empresas de transporte, beneficiando a ineficiência dos empresários do transporte público. Porque não pode premiar os taxistas? Só para você entender, as empresas de ônibus têm 73 milhões de reais de ISS em aberto, sem pagar, desde 2015".
Sobre a falta de boa vontade do prefeito para beneficiar os taxistas, José Trindade foi enfático: "com certeza. O prefeito vai pra um lado, vai pra outro, mas não tem interesse em ajudar a categoria. Se tivesse, iria propor coisas que dessem condições dos taxistas concorrerem com os aplicativos em pé de igualdade".
Durante a entrevista, o vereador parabenizou o posicionamento de Geraldo Júnior e concordou com o presidente da Câmara sobre ação de "forças ocultas" que tentam interferir no processo: "hoje, o que nos preocupa é a interferencia externa, chamada pelo presidente de forças coultas. É quererem interferir no processo da Câmara Municipal". Questionado sobre a origem dessas "forças ocultas", José Trindade não titubeou: "com certeza do executivo municipal, do prefeito".
Fonte PNoticias