
O número confirmado de mortes pela epidemia de um novo coronavírus subiu para 361, com 57 novos falecimentos, sendo 56 apenas na província de Hubei, informaram nesta segunda-feira (na China) as autoridades de saúde chinesas.
De acordo com a Comissão Nacional de Saúde, 2.829 novos casos de contaminação foram diagnosticados, elevando o total de infectados a mais de 17.200 em toda China.
Dessa forma, o impacto do novo coronavírus supera o número de mortes causadas pela epidemia de Sars em 2002-2003, que provocou a morte de 349 pessoas na China continental.
Especialistas acreditam que o novo coronavírus surgiu em dezembro em um mercado especializado em frutos do mar de Wuhan, que também vendia clandestinamente carne de animais exóticos.
Os casos de infecções se espalharam para além da província, enquanto o povo chinês viajava pelo país e pelo mundo para celebrar o feriado do Ano Novo Lunar, que começou na semana passada.
Por conta deste surto, vários países intensificaram as medidas de precaução, protegem suas fronteiras e repatriam seus cidadãos da China para conter a propagação do coronavírus.
A epidemia levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar emergência internacional, já que mais de 20 nações reportaram casos da doença.
Neste domingo, foi registrada a primeira morte fora da China. Trata-se de um chinês de 44 anos e natural de Wuhan, epicentro da epidemia, que faleceu nas Filipinas.
Diante da expansão da doença, os países do G7 vão providenciar uma resposta conjunta para combatê-la, anunciou neste domingo o ministro da Saúde alemão, depois de conversar por telefone com o chefe do Departamento de Saúde dos Estados Unidos.
Todos os integrantes do grupo (formado por Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos) já registraram casos da doença em seus territórios.
Na França, cerca de vinte passageiros que estavam num avião de repatriados da China que chegou neste domingo ao país europeu ficaram retidos no aeroporto de Istres (sul), aguardando análise de exames, pois apresentavam sintomas do novo coronavírus, disse a ministra da Saúde francesa, Agnès Buzyn.
– Brasil vai repatriar residentes em Wuhan –
Istoé