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É TÃO BOM. É SALVADOR
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Turistas e donos de casas de veraneio estão proibidos de entrar em Itaparica



A Prefeitura de Itaparica anunciou, nesta segunda-feira (8), uma nova medida para restringir o acesso à cidade que forma a Ilha de Itaparica junto com a vizinha Vera Cruz. A partir de agora, só pode entrar no município quem trabalha ou mora na região.
O controle será feito a partir da apresentação do comprovante de residência e título de eleitor - este último exigido para evitar que turistas e proprietários de casas de veraneio burlem a regra. Adesivos que identificam os veículos dos moradores já começaram a ser distribuídos desde a última quinta-feira (4).
Um dos principais problemas, segundo a prefeita Marlylda Barbuda (PDT), é que muitos visitantes e veranistas se deslocam para Itaparica para passar a quarentena, sobretudo às sextas-feiras, quando muitos aproveitam para curtir o final de semana.
“Não é hora para passeio. Veranista não precisa estar na ilha agora, não tem cabimento isso. As pessoas precisam compreender. Elas têm a sensação de que estão mais protegidas aqui, mas já chegamos a 40 casos, o que é um absurdo para Itaparica, que tem pouco mais de 22 mil habitantes”, reclamou a prefeita.
A secretária de Saúde do local, Stela Souza, explica que o objetivo dessa nova medida é melhorar a taxa de isolamento, que está em 40,5% atualmente. “A gente tinha outras medidas tomadas, mas que não deram conta. Hoje temos uma taxa de isolamento de 40%. É muito pouco. Então, só deixando entrar morador e trabalhador, a gente quer melhorar esse número”, esclareceu. A meta, segundo a titular da pasta, é alcançar 70% de isolamento até 21 de junho, que é o prazo de validade desta restrição.
Victor Vargas, que é carioca, mas mora em Itaparica há mais de 40 anos, confirma que muitos foram se isolar por lá durante a pandemia. “A ilha é basicamente um bairro de Salvador. Muitos vieram se refugiar aqui”, avaliou. A rotina dele também mudou bastante. Victor é jornalista e editor-chefe do Blog de Itaparica e revela que, com as restrições de circulação, precisa de comprovante de serviço até para fazer as pautas no município. “Qualquer tipo de serviço, até se sua empresa vai consertar ar-condicionado, você precisar provar que vai fazer essa missão”, contou. 
Outras medidas também já foram decretadas pela prefeitura para poder conter o avanço do novo coronavírus. A distribuição de adesivos para veículos é uma delas. Dos 13 mil automóveis licenciados, cerca de 4 mil já receberam a identificação, que é entregue nas duas barreiras sanitárias que dão acesso à cidade e em seis pontos da cidade.
Segundo o último boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde do município, são 40 casos confirmados, com três óbitos, nove recuperados e 28 infectados em isolamento domiciliar. Até o momento, foram realizados 1.556 testes rápidos e 21 deram positivo. 
Como todas as mortes foram de idosos, ou seja, de pessoas acima de 60 anos, a prefeita Marlylda pediu para que essa população fique em casa. “Tenho preocupação e faço um apelo para que idosos não circulem, a não ser por necessidade médica, pois sabemos que temos pacientes crônicos e que precisam de tratamento”, pediu. No total, são 973 idosos em Itaparica, o que representa cerca de 4,5% dos habitantes. 
A prefeita de Itaparica também comentou que é preciso uma maior fiscalização nos terminais de ferry-boat, mas que o sistema deve continuar em funcionamento. “Não sou a favor do fechamento, mas que a gente tenha um rigor maior. Venho pedindo uma barreira em São Joaquim, pois quando a pessoa chega à ilha, já não tem mais o que fazer”, solicitou.
A administradora Teresa Valadares, que mora em Itaparica há 25 anos, acredita que foi pelo ferry que o covid-19 chegou à localidade. “O corona entrou aqui por causa do ferry. É em Marcelino (bairro do município onde fica o serviço) que tem o maior índice de infectados, onde os ambulantes se concentram”, contou. No bairro citado, são 11 contaminados, ou seja, quase 30% do número de casos confirmados da doença. Entretanto, ela disse que os moradores de Itaparica estão mais conscientes: “Todo mundo mascarado”. 
Em Itaparica, que vive do turismo, um setor que não pode abrir as portas desde a última terça-feira (2) é o hoteleiro. Ao todo, são dois hotéis e 15 pousadas no local, com aproximadamente 800 leitos. 
O primeiro decreto em Itaparica foi editado no dia 17 de março, com o fechamento de escolas da rede pública e privada. Apesar do rigor nas suspensões de comércio, bares, restaurantes, setor hoteleiro, escolas e academias, a prefeitura permitiu algumas flexibilizações, exceto nos bairros com maior índice de infectados, como em Bom Despacho, Marcelino, Outeiro dos Galrões, Praia da Cajá e Misericórdia.
Sobre a declaração de que o coronavírus chegou ao município graças ao ferry-boat, a Internacional Travessias Salvador (ITS) informou por meio de nota que "o sistema Ferry-Boat está em funcionamento seguindo as determinações da agência reguladora e demais órgãos que regulam os sistemas de saúde, mantendo o serviço à disposição dos usuários que precisam do modal para chegarem aos seus postos de trabalho e/ou para situações de emergência".
Entre as alterações, segundo a ITS, estão a obrigatoriedade do uso de máscara por todos os passageiros; a autorização do embarque de 50% da capacidade das embarcações, para evitar a aglomeração durante a travessias; e a suspensão das travessias aos sábados, domingos e feriados. Além disso, houve adoção de medidas de prevenção, como higienização das embarcações, instação de suportes com álcool gel e sinalizações.
Veja abaixo os locais que ainda podem abrir:
- Agências bancárias, lotéricas, correspondentes bancários até 13h. Devem organizar a entrada de clientes e obrigar o distanciamento de 2 metros entre eles
- Supermercados, mercados, mercadinhos e farmácias até 14h. Devem organizar a entrada de clientes e obrigar o distanciamento de 2 metros entre eles
- Postos de combustível, revenda de Gás GLP, oficinas, lojas de autopeças e lojas de prestação de consertos. Devem receber somente 2 clientes por vez e disponibilizar máscaras para funcionários e álcool em gel para clientes
- Clínicas médicas, odontológicas e laboratórios. Devem funcionar por agendamento prévio, sendo somente um cliente por vez
- Lojas de material de limpeza e materiais de construção
- Madeireiras, serralherias e vidraçarias
- Casa de embalagens e bombonieres
- Lojas de móveis e confecções
- Lojas de variedade e armarinhos
- Papelarias e casas de ração/pet shops
- Lan house, barbearia e salão de beleza. Podem funcionar somente com um cliente por vez, disponibilizar álcool em gel, máscaras e luvas para funcionários e máscaras para clientes, caso eles não tenham o EPI necessário
- Obras e serviços de construção civil. Devem fornecer máscara, álcool em gel e evitar aglomerações, sendo um funcionário a cada 9m² e não podendo existir alojamento para os mesmos
- Lanchonetes, açaiterias e sorveterias. Podem funcionar por delivery ou receber somente um cliente por vez para retirada do produto
FONTE: CORREIO


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