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'Cai como uma luva', vibra Rafael Cardoso sobre ganhar pelas 4 novelas no ar na Globo


'Cai como uma luva', vibra Rafael Cardoso sobre ganhar pelas 4 novelas no ar na Globo

Desde 2008, quando conquistou o primeiro papel de destaque na Globo, na novela Beleza Pura, o ator Rafael Cardoso vem carimbando personagens anualmente. Para se ter uma ideia, de lá para cá, o artista esteve em 14 produções apenas na televisão. E as diferentes fases de sua carreira já começaram a ser percebidas pelo público, pois a partir de abril ele estará com quatro tramas simultâneas no ar (veja aqui). Como consequência dos altos números da Covid-19 no Brasil, a emissora decidiu adiar novamente o lançamento de obras inéditas e revisitar seu catálogo para ocupar a programação.

 

Além de protagonizar o drama de Rafael em A Vida da Gente (2011), no horário das seis, ele já retornou como Renzo em Salve-se Quem Puder. A trama iniciada em 2020 foi interrompida por conta do novo coronavírus e, após rígidos protocolos de segurança criados pela empresa, voltou ao ar nesta semana com o conteúdo inteiramente gravado. As outras duas aparições serão em Ti Ti Ti (2010) no Vale a Pena Ver de Novo, substituindo Laços de Família, e em Império (2014), que entrará ainda no lugar da inédita Amor de Mãe no horário das nove.

 

Em entrevista ao Bahia Notícias, ele confessou ter ficado surpreso com a coincidência. “Acredito que ninguém espera por isso! (risos) Estar em toda a grade de novelas de uma emissora não é algo comum. Na verdade nunca estive em novela em reexibição, então realmente foi uma surpresa, ainda mais em quatro novelas sendo exibidas ao mesmo tempo. Fico muito grato, pois acredito que o trabalho desenvolvido em muitos anos está gerando frutos. O plantio a gente escolhe, e a colheita é de acordo com ele. Se plantar vai colher. Temos de cuidar do que plantamos”, apontou.

 

“Escolhi trabalhar durante esses anos todos que estou na empresa de forma que pudesse aprender com cada personagem, mesmo na maioria das vezes com pouco tempo de intervalo entre as novelas. Aceitei os desafios de me reinventar em pouco tempo. Foi sempre motivador participar de obras abertas como folhetins. A incerteza do dia de amanhã de cada personagem é um grande treino de desapego com o perfeccionismo e aceitação que se fizermos o melhor que podemos, estamos cumprindo nosso papel”, atentou.

 

Na trama das seis de Lícia Manzo, sucesso de crítica, público e uma das novelas mais exportadas pela emissora, ele viveu seu primeiro protagonista. Já no enredo das sete de Daniel Ortiz ele está sendo visto em seu último trabalho. A diferença de um para o outro é de 10 anos.  “Em a Vida da Gente eu tinha 25 anos, estava vindo de Porto Alegre, morando longe da família, querendo corresponder às expectativas geradas por mim e pelos meus. Fica tudo muito mais pesado. No meio do processo, entendi que estava com mais uma oportunidade nas mãos, e que não tinha nenhuma obrigação a não ser comigo mesmo e com quem acreditou em mim (Jaime Monjardim, Fabrício Mamberti e Tereza Lamprea). Confiei no parecer deles e segui em frente”, relembrou.

 

“Neste período, a partir dessa novela, vim trabalhando com a ideia de fazer o melhor que posso em cada momento, para desempenhar da melhor maneira meu ofício. Entendi que o processo é o que importa. O folhetim é uma grande escola, onde temos que entender rapidamente como dar vida ao momento retratado. Falo isso, mas confesso que não consigo assistir aos trabalhos antigos e não pensar que poderia fazer diferente. Mas é um pensamento que vem e passa. A pessoa e o artista que sou hoje tem outra vivência e estrada. Não teria como fazer da mesma forma hoje. Acredito que os produtores, diretores e autores pensaram nisso quando me chamaram para desempenhar outros papéis”, defendeu-se.

 

Para ele, o processo de construção do personagem ocorre na prática do dia a dia, através do “desapego e esvaziamento rápido”. “Não tive muito tempo para respirar e criar.Tem sido assim até hoje, um exercício contínuo de realmente não levar o personagem para casa. Acredito que o processo de criação é único. Tento não me fixar em nenhuma fórmula. Experimento formas diferentes a cada trabalho, mas uma constante para mim é escrever a história desse personagem até o momento em que a trama vai começar. Deixando claro as motivações dele, fica mais simples encaixá-lo nas situações apresentadas”, observou.

Apesar da autocrítica, o artista admitiu que gosta de se ver. “Tento ver sempre que posso, mas nesse momento que estou evoluindo com os processos da Fazenda Casulo não tenho muito tempo livre. Estou trabalhando mais do que se estivesse gravando novela! Mas quando tem alguma cena que é ponto de mudança para o personagem, tento ver nem que seja no Globoplay”.

 

Ao ser questionado se tem algum papel preferido, respondeu: “Cada um tem uma personalidade. Procuro não me apegar, pois como trabalho normalmente sem intervalo, prefiro não correr o risco de levar a personalidade ou alguma bengala para o personagem seguinte. Mas cada uma deles deixa algum aprendizado e vivência para vida. Não tenho um predileto”, insistiu. Porém, destacou a importância do chef Vicente, da história de Agnaldo Silva, em sua vida. “Estava com um blog de gastronomia funcional (Puramesa) onde passava conhecimentos básicos sobre gastronomia funcional e cura através da alimentação. Além disso, estava prestes a abrir meu primeiro restaurante quando chegou o papel de um cozinheiro, vindo de outro estado para tentar a vida no Rio de Janeiro. Foi muito especial poder ter vivido essa experiência conjunta”, confessou.

 

VIDA NO CAMPO

Casado com Mari Bridi - filha da jornalista Sônia Bridi - e pai de Valentim, de dois anos, e Aurora, de cinco, o ator se “refugiou” com a família no campo, em sua Fazenda Casulo - uma agrofloresta -, na região serrana do Rio de Janeiro, durante a pandemia da Covid-19. Desde então, vem compartilhando com mais frequência sua rotina e sua busca por uma “natureza mais equilibrada”. “A Fazenda Casulo surgiu da vontade de fazer algo que realmente pudesse ter efeito positivo dentro da realidade das pessoas. Desde levar alimentos com valor biológico e nutritivo para a mesa das pessoas, até o bem maior do plantio agroflorestal, acredito eu, que é a recuperação de solos degradados, biomas arrasados pela ação do homem. Isso é possível plantando comida saudável, gerando renda e qualidade de vida para os trabalhadores rurais, que hoje sofrem tanto com as monoculturas e pecuária”, atentou.

 

Ou seja, além da função de ideal de vida, o espaço virou um negócio em época de restrição de trabalho. Antes, ele vendia apenas para restaurantes na capital fluminense. Agora, o ator investe no contato com o consumidor direto. “Nestes meses todos que fiquei isolado na minha fazenda com minha familia, consegui botar em prática o que vinha estudando e estruturando bem lentamente nos momentos livres. Iniciamos efetivamente nosso sistema agroflorestal na Fazenda Casulo”, admitiu.

 

“Estava na terra em isolamento sem saber o que iria acontecer no futuro, então resolvi investir em maquinário e qualificação de pessoas, na medida do possível, claro. Estudando junto, me qualificando junto, procurando cursos online de acordo com nossa necessidade para poder iniciar o processo de entregas de orgânicos no Rio de Janeiro, da fazenda para a mesa. Pude exercitar tudo o que vim aprendendo no decorrer de cinco anos de estudo e cursos que vinha fazendo neste ‘novo velho’ processo de cultivo de alimentos. Tudo isso pra dizer que somente agradeço a oportunidade de estar confortável para poder fazer isso”, explicou.

 

Além disso, celebrou a oportunidade de seguir no quadro fixo de funcionários da emissora e receber os direitos conexos, que é um recurso financeiro por ter a imagem reapresentada na TV por um trabalho anterior. O valor exato varia conforme o contrato na época da transmissão original e o horário. Ou seja, ele terá o suporte por quatro novelas. “Neste momento de pandemia em que todos estão aprendendo a viver com o que realmente importa, revendo seus valores e ideais (ao menos quem está consciente de que é preciso realmente mudar), acredito que seja uma grande oportunidade da gente se reconectar com aquilo que realmente nos faz bem e nos motiva. Então, o conforto de estar contratado, e ainda ter um aporte financeiro destas obras que estão em reexibição, cai como uma luva”, agradeceu.

 

Por fim, apontado como um dos nomes mais fortes para estar no remake da Globo para a novela Pantanal, que foi sucesso da extinta TV Manchete, ele despistou. “Ainda é uma incerteza. Tem algumas especulações para tramas futuras, mas estamos decidindo o melhor a ser feito. A única certeza que tenho hoje é que irei continuar trabalhando na emissora. Onde, em qual produção e personagem estamos decidindo com muita calma”. Segundo as rumores, ele assumirá o papel de Jove, par romântico de Juma vivido por Marcos Winter na versão original do enredo de Benedito Ruy Barbosa.

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