Em Salvador, 21 gestantes foram vacinadas com a primeira dose do imunizante
Apesar da nota técnica da Anvisa, que recomenda a suspensão do uso da vacina da Oxford/AstraZeneca em gestantes, o médico Paulo Gomes, coordenador de Obstetrícia do Hospital Santo Amaro, afirma que não há motivo para apreensão. Em Salvador, 21 gestantes foram vacinadas com a primeira dose do imunizante.
"Para aquelas pacientes gestantes que já utilizaram a primeira dose e não apresentaram qualquer evento adverso, não há motivo para apreensão. Ela deve completar o esquema vacinal iniciado, realizando a segunda dose da vacina da AstraZeneca. Para aquelas outras grávidas que apresentaram reações adversas ou não receberam qualquer tipo de imunizante, devem ser vacinadas com a Coronavac ou Pfizer", afirma.
O obstetra afirmou ainda que não existe qualquer dado científico que comprove o benefício ou potenciais riscos caso a gestante seja imunizada na primeira dose com um tipo de vacina e na segunda dose com outra. "Além do mais, o reinício de um novo esquema vacinal (Coronavac ou Pfizer) nas gestantes que receberam a primeira dose da vacina da AstraZeneca poderia proporcionar falta de imunizantes para outros grupos prioritários", pontua.
A vacina da AstraZeneca persiste no noticiário de saúde devido a um possível efeito colateral caracterizado por trombose e trombocitopenia. Segundo Gomes, no entanto, o efeito parece muito raro, correspondendo a seis casos em um milhão de vacinados conforme dados divulgados pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês).