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Especialistas criticam evento-teste da prefeitura e alertam para risco de aglomerar em julho

 

Para infectologistas, pensar em testes e em eventos como Réveillon e Carnaval, ainda é arriscado e precipitado.

Especialistas criticam evento-teste da prefeitura e alertam para risco de aglomerar em julho

Foto: Valter Pontes/Secom

Anunciado pelo prefeito Bruno Reis (DEM) para julho, o evento-teste para estudar a possibilidade de grandes eventos em Salvador foi criticado pelos especialistas. O evento seria um primeiro passo para considerar a realização do Réveillon 2022 e do Carnaval do próximo ano. Os médicos, no entanto, acreditam ser precipitado e arriscado considerar a realização da festa nesse momento. 

“Esse tipo de teste está sendo feito na Europa, onde além da vacinação já estar mais avançada o número de casos já caiu muito e se mantém reduzido. O momento que estamos vivendo não nos permite isso. É um momento de aceleração da Covid, de aumento do número de casos em todo país. Não faz sentido fazer isso”, avalia a médica infectologista Fernanda Grassi, pesquisadora da Fiocruz.

Para a profissional, ainda não seria sequer possível pensar sobre a festa de Réveillon. “A não ser que a gente atinja pelo menos 70% da população com a vacina, e que o número de casos reduza muito e se mantenha em um patamar baixo por bastante tempo. Só assim  a gente poderia começar a pensar em Réveillon, em fazer esses testes. Do contrário é expor pessoas a um risco desnecessário”, acredita a médica.

O médico infectologista e professor da Faculdade Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Robson Reis, diz que, além da necessidade da chamada imunização coletiva, com a imunização de pelo menos 70% da população, é preciso atenção a outro aspecto dos eventos de grande público. “Esse tipo de festa é um ambiente em que todas as medidas de controle e cuidado ficam inviáveis. Não vai ter fiscalização, naturalmente as pessoas não vão manter distanciamento nem usar máscara. É um evento com música, que obriga a pessoa a falar mais alto, e que ainda tem comida e bebida. São características favoráveis a uma maior circulação do vírus”, disse o médico.

Robson defende a necessidade de uma maior cobertura vacinal para pensar os eventos. “Foi o que aconteceu em lugares como Nova York ou Israel, que cobriram uma parcela grande da população. Qualquer evento para julho ou agosto, sem essa cobertura, é arriscado e precipitado”, avalia

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