Parecer final da PGR ao STF aponta que declarações do deputado federal não estão protegidas pela imunidade parlamentar
Em suas alegações finais, a Procuradoria-Geral da República (PGR) se posicionou a favor da condenação do deputado federal bolsonarista Daniel Silveira (PSL-RJ) por ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF). A procuradoria entendeu estar justificada a intervenção na expressão do parlamentar "sob os aspectos constitucional e penal e comprovada a inexistência de causas que possam excluir a culpabilidade".
"O direito à liberdade de expressão é restringível como tantos outros, e só pode ser reconhecido como absoluto "em sentido fraco ou presuntivo, isto é, quando considerações conflitantes mais urgentes não estiverem presentes", diz a manifestação, assinada pelo vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques de Medeiros.
Segundo o jornal O Globo, A PGR pediu a condenação de Silveira três vezes pelo crime de grave ameaça a autoridade, previsto no Código Penal, e duas vezes pelo crime de tentar impedir, com emprego de violência ou grave ameaça, o livre exercício de qualquer dos Poderes da União ou dos Estados, previsto na Lei de Segurança Nacional