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Boxe: 3º brasileiro da história a medalhar em Mundial, Keno se diz 'pronto' para Paris-2024


Boxe: 3º brasileiro da história a medalhar em Mundial, Keno se diz 'pronto' para Paris-2024

Apenas três pugilistas brasileiros na história já subiram ao pódio em um Mundial de Boxe Olímpico. Keno Marley Machado é um deles. Na última semana, o atleta baiano perdeu para o cubano naturalizado azeri Loren Alfonso Dominguez, pela categoria até 86kg, e ficou com a medalha de prata da competição, disputada em Belgrado, na Sérvia . Os outros dois medalhistas mundiais também vieram da Bahia: Hebert Conceição, bronze em 2019, e Robson Conceição, bronze em 2015. 

 

"Eu fiquei muito feliz com esse resultado. Era algo que estávamos trabalhando muito. Fomos bem em Tóquio [Olimpíada de 2020], e isso serviu como motivação para o Mundial. O objetivo era a final. Não veio o ouro, mas consegui a final", afirmou Keno, em entrevista ao Bahia Notícias.

 

O resultado, 3 a 2, mostra o equilíbrio que foi o combate. "O boxe é um esporte muito subjetivo. O atleta [adversário] é bem experiente. De forma geral, o trabalho que a equipe fez foi satisfatório. Porém, poderíamos ter feito algumas mudanças, deixar explícito de outras formas para os árbitros que nós éramos os vencedores da luta", destacou o baiano. 

 

Natural de Conceição do Almeida, no Recôncavo Baiano, o jovem de 21 anos é uma das grandes esperanças do Brasil para os Jogos Olímpicos de Paris-2024. Em Tóquio, ele chegou até as quartas de final, mas caiu diante do britânico Benjamin Whittaker, em decisão também dividida: 3 a 2 .

Keno perdeu para o britânico Whittaker nas quartas de final de Tóquio-2020 | Foto: Gaspar Nóbrega / COB 

 

O atleta se considera pronto para o desafio, e destaca que, até Paris, estará "mais experiente". "Fui para minha primeira Olimpíada [em Tóquio], estava pronto, perdi na luta da medalha. Isso mostra que estou pronto para lutar contra qualquer adversário do mundo, em qualquer lugar do mundo", pontuou. 

 

Como a maioria dos pugilistas que a Bahia exporta para o mundo - e são muitos -, Keno Marley descobriu o boxe por meio de um projeto social, em Conceição do Almeida, junto ao professor Marcos Silva. Ele participou do movimento escoteiro, no qual tinha aulas da modalidade. "Na época, o Brasil tinha lutadores que eram super estrelas. A gente gostava de assistir luta, e um dia meu irmão me convidou para conhecer o projeto", revelou. À época, ele tinha 13 anos. 

 

Hoje, oito anos depois, o baiano mora com a seleção brasileira em São Paulo. Para seu estado de origem, ele costuma vir para visitar a família. Keno entende que a Bahia é um grande celeiro de pugilistas, mas acredita que ainda falta muito investimento. 

 

Em 2016, após o ouro olímpico de Robson Conceição, o governador Rui Costa (PT) prometeu a construção de uma Arena de Lutas para formar novos atletas da modalidade. Contudo, o projeto não foi para frente . Após um impasse com o Iphan , o gestor anunciou que a obra mudaria de lugar, para o Largo do Roma, na Cidade Baixa , e prometeu apoio em reunião com Hebert e Robson Conceição .

 

"Investir no esporte é muito importante. Se acontecer, e eu espero que aconteça, acredito que a Bahia vai revelar muitos outros atletas. O sucesso do boxe na Bahia é porque tem muitos treinadores com projetos pequenos. Se tiver investimento, tenho certeza que o número de atletas vai aumentar", opina Keno. 

 

Enquanto isso, ele segue em São Paulo se preparando para os próximos desafios. Junto à seleção brasileira, ele costuma postar no Instagram sua rotina de treinamentos. 

 

"O boxe é uma modalidade individual, porém o treino é totalmente conjunto. Na hora que a gente sobe no ringue, tem o corner auxiliando, e tem nossos amigos na torcida também. Temos esse entendimento, e estamos tentando um ajudar ao outro. A equipe olímpica é como se fosse uma família", reflete o atleta. 

 

Seleção brasileira de boxe que foi para Tóquio-2020 | Foto: Divulgação / CBBoxe

 

Atualmente, a seleção permanente do Brasil possui três baianos. Além de Keno, Hebert Conceição, no masculino, e Beatriz Ferreira, no feminino. Bia, inclusive, disputaria o Mundial de Boxe Feminino em dezembro, na Turquia. Contudo, por conta da escalada de casos da Covid-19 no país, a competição acabou sendo adiada para março de 2022


informações:  Nuno Krause

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