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RIO DE JANEIRO: espera por leito na rede SUS da capital pode chegar a cem horas

 

Com a alta de casos de Covid-19 o tempo de espera por um leito na rede SUS da capital pode chegar a cem horas em alguns casos. Na tarde desta segunda-feira, havia 927 pessoas internadas com coronavírus. Em média, o tempo de espera por um leito era de 57 horas, mais de dois dias. Enquanto 66 pessoas aguardavam uma vaga nesta segunda, sendo 32 para unidades de terapia intensiva, havia apenas 27 leitos livres em hospitais públicos. Em todo o estado, 211 aguardavam a transferência para um leito, e a média de espera chegava a um dia para enfermaria.

Segundo a Secretaria municipal de Saúde do Rio, foram abertas 78 vagas para pacientes com Covid-19 nesta segunda. Até o fim da semana, a rede federal prevê oferecer 400 novos leitos.

Com a escalada da variante Ômicron, o Estado do Rio voltou a ter regiões com nível de risco moderado (bandeira laranja) para a Covid-19 pela primeira vez em cerca de um mês, de acordo com a última atualização do mapa epidemiológico. As regiões Metropolitana I (que inclui a capital), Metropolitana II, Baixada Litorânea e Baía de Ilha Grande, que vinham sendo classificadas com risco baixo ou muito baixo desde dezembro, registraram aumento nos indicadores da pandemia.

Com isso, de acordo com resolução que estabelece medidas de combate ao contágio, a Secretaria estadual de Saúde (SES) recomenda o retorno de determinados protocolos, como a proibição de qualquer evento com aglomeração. O estado como um todo também foi classificado com nível de risco moderado para a transmissão da Covid-19.

Mortes subiram 172%

O Rio é dividido em nove regiões, que podem ser classificadas com bandeiras de cinco cores: verde (risco muito baixo), amarelo (baixo), laranja (moderado), vermelho (alto) e roxo (muito alto). Os técnicos usam um sistema de pontos que leva em conta a variação de óbitos e casos graves, a positividade para Covid-19 nos testes realizados e as taxas de ocupação dos leitos de enfermaria e UTI, além do tempo estimado para acabar as vagas de terapia intensiva.

De acordo com o mapa mais recente, houve aumento de 172% no número de mortes por Covid-19 entre as semanas epidemiológicas 52 de 2021 (de 26 de dezembro a 1° de janeiro) e 2 de 2022 (de 9 a 15 de janeiro). O salto foi de 18 para 48. Em relação às internações de pacientes com Covid-19, a alta de 313% no estado fez o número passar de 89 para 368 nesse período de 14 dias. “É possível observar uma situação de aumento de risco nas últimas duas edições do mapa, refletindo o impacto da nova variante Ômicron no estado”, diz a nota técnica.

A única região que não registrou aumento de internações nas semanas analisadas foi a Norte. Em relação aos óbitos, só a Baixada Litorânea e a Metropolitana I apresentaram alta. O Médio Paraíba, o Centro-Sul, a Serrana, o Noroeste e o Norte continuam classificados com risco baixo (bandeira amarela).

A SES também fez uma análise isolada de cada município. Sete cidades ficaram com a bandeira laranja: Rio de Janeiro, Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, Belford Roxo, Angra dos Reis e Paraty. As outras, com a amarela.

Diante desse resultado, o estado recomenda a adoção de novas estratégias de combate à Covid-19, seguindo nota instrutiva do Conselho Nacional de Secretários de Estado de Saúde (Conass) e do Conselho Nacional das Secretarias municipais de Saúde (Conasems). Entre as sugestões estão a proibição de eventos com aglomeração, a suspensão de atividades econômicas não essenciais, o distanciamento social no trabalho e o escalonamento para evitar a lotação no transporte público. As medidas são facultativas, e cabe às prefeituras a sua adoção.

São Gonçalo e Belford Roxo, por exemplo, informaram que analisam as sugestões do estado. Itaboraí diz que a lotação em eventos e em shoppings deve ser de até 80% e que o passaporte vacinal ou a comprovação do PCR negativo são exigidos em casas de shows e boates. Niterói não informou se fará mudanças, mas mantém a obrigatoriedade do uso de máscaras em ambientes externos.

Em reunião nesta segunda, o Comitê Científico da prefeitura do Rio descartou novas restrições, mas endossou o adiamento dos desfiles das escolas de samba para abril. Na avaliação do grupo que assessora a capital, novas medidas não teriam consequências significativas em termos de diminuição do contágio, dado o alto nível de transmissibilidade da Ômicron.

— Recomendamos que todos, em especial os grupos mais vulneráveis, como os idosos e imunossuprimidos, evitem aglomerações desnecessárias, mas não recomendamos nenhuma restrição específica. A gente considera que as restrições não vão ter grande impacto, pois a nova variante é altamente transmissível. Além disso, em termos de internações, não temos hoje o mesmo cenário que tivemos ao longo da pandemia. O número de pacientes em UTI, por exemplo, é muito menor, e a maior parte dessas pessoas não está vacinada — afirma o infectologista Alberto Chebabo, membro do comitê.


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