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Especialistas ressaltam a importância da troca da escova de dentes imediatamente após o período de isolamento para pessoas que tiveram Covid-19, gripe, infecções na boca, dores de garganta ou resfriados, porque os germes podem se alojar nas escovas.
A dentista Marina Guedes, em entrevista concedida ao Bahia Notícias, faz um alerta para que os infectados armazenem o kit de higiene bucal em lugar separado dos demais familiares, pois, com o contato entre as escovas, o vírus pode ser transmitido para a outra pessoa.
Não existem pesquisas que demonstrem que a mesma escova de dentes utilizada no período de infecção possa causar recontaminação, porém o cabo da escova pode armazenar o vírus.
Recentemente, pesquisadores da Universidade de Medicina de Kyoto, no Japão, encontraram evidências de que a variante Ômicron pode permanecer ativa no plástico por até 193,5 horas, ou seja, aproximadamente, oito dias, mais tempo do que as versões anteriores do novo coronavírus.
De qualquer forma, a dentista aconselha a troca do item e ressalta o seu “tempo de validade”.
“Estudos apontam que, após três meses de uso, as cerdas da escova de dentes já não têm o mesmo efeito limpador na superfície do dente, não removendo a placa bacteriana como deveria. Então, o ideal é que, ao observar o desgaste das cerdas, troque mesmo antes de 3 meses”, explica Marina.
Quanto à frequência de higienização dos infectados por Covid, a indicação é manter a escovação normalmente com o uso de fio dental pelo menos três vezes ao dia e sempre após as refeições.
“O uso de enxaguante bucal é dispensável, pois o que de fato faz a limpeza é o atrito mecânico da escova contra os dentes”, diz.