No período junino, a creche acolhe criança até com 10 anos
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Sucesso no ano passado, o projeto Casa do Brincar está de volta para acolher e proteger os filhos de familiares que trabalham informalmente durante o período de festejos juninos em Santo Antônio de Jesus. A ação é uma iniciativa da Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS), através da Prefeitura de SAJ.
O espaço funciona na creche Criança Feliz, uma estrutura confortável com dormitórios, berçário, banheiros, cozinha e espaço para atividades recreativas. A proposta do projeto é acolher e preservar a integridade das crianças, impedindo que elas fiquem vulneráveis ao trabalho infantil e outras situações adversas, disponibilizando o apoio necessário para que os pais possam trabalhar com tranquilidade.
Para Jair Ferreira, barraqueiro pela primeira vez no São João, foi um desafio deixar a filha de 3 anos com "estranhos". Morador da comunidade Jogo da Bola, ele chegou a cogitar não trabalhar na barraca junto a esposa para que a filha não ficasse sozinha. Ao receber o contato da assistente social, ficou convencido da segurança da casa e acabou levando a pequena.
"Essa Chiara é o meu ouro, minha primeira filha, mas eu senti firmeza na proposta apresentada pela coordenação da Casa do Brincar e, mesmo com coração partido, decidimos trazê-la para cá. O que mais me conforta é que ela está muito feliz”, declara emocionado.
De acordo com a coordenadora do programa, Greice Passos, a Casa do Brincar atende em média 50 crianças de trabalhadores já cadastrados por meio da Sedema e CRAS, além da demanda voluntária mediante avaliação de cadastro junto à equipe responsável pelo projeto. O projeto, que acolhe crianças até 10 anos, começou a funcionar na quinta-feira (22/06) e encerra neste domingo (25/06), sempre das 20 às 05 horas.
" O público-alvo são os filhos de pessoas mais vulneráveis que de alguma forma trabalham no São João, como ambulantes e catadores de recicláveis. Todos podem trazer suas crianças, pois atendemos também a demanda espontânea, desde que sejam filhos dos trabalhadores para evitar que essas crianças fiquem só", afirma a secretaria Municipal de Assistência Social, Andressa Moese.
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