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Orgulho LGBTQIA+: Comunidade sofre com o medo em meio à violência

 


Entre julho de 2023 e junho de 2024, a Polícia Civil registrou 175 ocorrências sobre crimes resultantes de preconceito e discriminação contra pessoas LGBTQIA+ 

Para uma parcela significativa da população, viver é sinônimo de resistência e de luta diária contra o temor da violência. No Brasil, 257 mortes violentas de pessoas LGBTQIA+ foram registradas em 2023, segundo um levantamento feito pelo Grupo Gay da Bahia (GGB). Esses dados colocam o país no topo do ranking como o mais homotransfóbico do mundo.   

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Em toda a Bahia, no período entre julho de 2023 e junho de 2024, a Polícia Civil registrou 175 ocorrências sobre crimes resultantes de preconceito e discriminação contra pessoas LGBTQIA+. Ao BNews, o engenheiro de software Roberto dos Santos, homem gay, de 24 anos, morador de Salvador, revelou que o medo lhe faz companhia até mesmo nas atividades mais comuns da sua rotina, como sair de casa. 

"Tenho muito trauma devido ao que já vivenciei e ao que vejo acontecer. Sinto medo de sofrer violência por causa da minha orientação sexual. Às vezes, percebo olhares estranhos quando converso abertamente com minhas primas ou amigas na rua. [...] Esse medo não é apenas por mim, também temo presenciar outras pessoas da comunidade LGBTQIA+ sofrendo violência. Sinto que tenho o dever de intervir, mas também tenho receio de piorar a situação", afirmou.

Para ele, as políticas públicas voltadas ao combate da violência contra a população LGBTQIA+ ainda são insuficientes. "No dia a dia, muitas vezes, tenta-se minimizar a violência e não atribuí-la à LGBTQIfobia. Isso torna a situação desesperadora para a comunidade. Digo isso principalmente com relação aos órgãos públicos responsáveis pela segurança de toda a nossa sociedade", destacou. 

Questionado sobre como a sociedade, de maneira geral, pode contribuir para a criação de um ambiente mais seguro e inclusivo para todos, Roberto citou o respeito como o primeiro e mais importante passo a ser dado. 

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