Nesta terça-feira (17), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou que o Brasil não estava adequadamente preparado para lidar com as queimadas que vêm devastando várias regiões do país. Lula sugeriu que alguns focos de incêndio podem ser fruto de ações deliberadas e orquestradas, insinuando um possível "oportunismo" de setores interessados em gerar instabilidade, embora não tenha especificado quem seriam os responsáveis.
O presidente destacou que a seca e o calor extremos contribuem para a disseminação do fogo, mas demonstrou desconfiança sobre o aumento dos focos de incêndio. Durante uma reunião no Palácio do Planalto, com a presença dos chefes do Supremo Tribunal Federal (STF), da Câmara dos Deputados, do Senado, e de outras autoridades, Lula discutiu medidas para enfrentar a crise ambiental.
O governo federal está desenvolvendo um conjunto de ações para conter os incêndios e minimizar seus impactos, principalmente nas áreas devastadas, como o Parque Nacional de Brasília, recentemente atingido. A crise climática também tem afetado severamente a região Norte, onde a seca ameaça o abastecimento de água.
A oposição, especialmente aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, tem utilizado o agravamento das queimadas para criticar a gestão ambiental de Lula, ressaltando que a crise atual é ainda mais grave do que a enfrentada em 2020 no Pantanal.