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Bebida está entre as escolhas mais populares entre pessoas que buscam redução calórica
A busca por estratégias eficazes de emagrecimento e escolhas mais saudáveis na alimentação tem levado muitas pessoas a considerarem alternativas de baixa caloria em sua dieta. Com a crescente conscientização sobre os impactos negativos do consumo excessivo de açúcar, os refrigerantes zero têm se destacado como opção para quem deseja degustar algo adocicado sem comprometer a perda de peso.
No entanto, é essencial observar algumas informações na hora de incorporar essa bebida a um plano de dieta voltado para o emagrecimento sustentável.
Diferença calórica
Um refrigerante normal de tamanho padrão (350 ml) pode conter cerca de 140 a 180 calorias, dependendo do tipo e da marca. A grande maioria provém do açúcar adicionado.
Já o zero, como o nome diz, geralmente, tem zero caloria ou uma quantidade muito baixa. Em geral, os refris zero ou dietéticos são formulados com adoçantes artificiais, como aspartame, sacarina e sucralose.
Portanto, em termos de calorias, a diferença entre os dois tipos é bastante significativa. Principalmente, quando falamos em perda de peso.
Composição
Além da forma como são adoçados, existem outras substâncias presentes nos refrigerantes que merecem atenção:
- Ácido fosfórico: ingrediente usado para dar um sabor ácido aos refrigerantes —tradicinais ou zero. O elemento também pode contribuir para o sabor geral do produto. Já reparou que logo após consumir o refrigerante você sente vontade de arrotar? Esse é um efeito do ácido fosfórico. O consumo excessivo pode estar associado, ainda, ao impedimento da absorção de nutrientes, como o cálcio. Esse bloqueio interfere na formação dos ossos e pode causar osteoporose.
- Ácido cítrico: é um ácido fraco, usado para realçar o sabor cítrico em alguns refrigerantes zero, como os de limão ou laranja. O consumo de grandes quantidades pode causar desconforto gastrointestinal, como azia, refluxo ácido ou irritação estomacal. Em altas doses, também pode interferir na absorção de minerais, como o cálcio, o ferro e o magnésio.
- Corantes: em geral, artificiais, são usados para dar cor à bebida. Podem variar, dependendo do sabor do produto. Alguns estudos iniciais sugeriram uma possível associação entre o consumo de corantes artificiais e o aumento da hiperatividade em crianças. Algumas pessoas podem ter sensibilidade ou ser alérgicas, o que pode causar reações, como urticária, coceira ou problemas gastrointestinais.
- Aromatizantes: utilizados para criar o sabor característico do refrigerante. Podem ser naturais ou artificiais.
- Estabilizantes e conservantes: como em muitos alimentos processados, esses ingredientes podem ser usados para manter a qualidade e a estabilidade do produto ao longo do tempo.
Quando substituir
Substituir o refrigerante normal pela versão zero pode ser uma estratégia útil para reduzir a ingestão calórica e o consumo de açúcar adicionado. Se você está tentando perder peso, controlar o açúcar no sangue ou reduzir o risco de doenças relacionadas ao elemento, como diabetes tipo 2, a troca pode ser uma decisão sensata.
No entanto, é importante lembrar que a bebida zero ainda contém componentes artificiais, que podem impactar a saúde a longo prazo. Considerar limitar o consumo de todos os tipos de refrigerantes, se possível, e optar por alternativas mais saudáveis, como água, chás sem açúcar ou bebidas naturais à base de frutas é uma alternativa mais saudável.
Procure ajuda de um nutricionista para garantir uma alimentação equilibrada e que respeite a sua individualidade, sua rotina e preferências.
Paula Mar Pinto é nutricionista clínica por formação, mas se considera uma "facilitadora de experiências saudáveis". Depois de muito brigar com a balança, resolveu se aliar a ela. É autora do projeto E Agora, Nutrinha?.