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O policial militar suspeito de assassinar um adolescente de 17 anos em Salvador, no último domingo (1º), alegou, que teria sido assaltado pela vítima e que praticou a execução por “legítima defesa”.
Durante entrevista coletiva para esclarecimento do caso, a delegada Zaira Pimentel, responsável pela 1ª DH/Atlântico, revelou que o investigado contou em depoimento que atirou contra os jovens para se defender de um possível assalto.
“Ouvimos testemunhas e o autor dos disparos se apresentou acompanhado de advogado, declinando como tese de defesa a legítima defesa, indicando que ele [o policial] teria sido vítima de uma tentativa de assalto cometida pelas vítimas”, afirmou Zaira.
A delegada contou que, no entanto, o argumento não foi acatado e que a Polícia Civil solicitou prisão preventiva do suspeito à Justiça, que negou o pedido.
“Essa signatária não corroborou com essa tese e ontem à noite a Polícia Civil representou ao plantão judiciário o pedido de prisão preventiva, porém, a autoridade judiciária declinou desse pedido, entendendo que não seria um caso de urgência para ser apreciado no plantão judiciário. As diligências continuam, nós já ouvimos oito pessoas e hoje o dia vai ser para fazer análise do circuito de câmeras de segurança que coletamos ontem e outras diligências”, indicou.
A defesa da vítima negou a versão do policial e disse que o caso trata-se de um “crime doloso contra a vida”. O advogado Pedro Fernandes apontou ainda que a investigação deve apurar se há outras pessoas envolvidas no caso, já que o pm filmou a ação durante a execução.
“É possível perceber no vídeo que ele se comunica com outra pessoa, não se sabe ao certo, se ele conversa, se ele tira foto ali, ele realmente pega o celular, mas tudo meio que suspeita. Então é preciso nessa fase investigativa verificar se teriam outras pessoas envolvidas também, apurar porque se tinham veículos naquela localidade, um carro e uma moto também estavam ali. Verificar se porventura existiam câmeras também. A equipe de investigação já foi ao local para verificar, para solicitar o acesso a essas imagens para realmente melhor elucidar os fatos. Após o processo segue aí com a ação penal, inicialmente essa fase de inquérito, na fase investigativa, na fase pré-processual, depois segue a ação penal, enfim, a gente espera que haja um pedido de pronúncia do Ministério Público para que ele vá realmente aa um tribunal do júri, porque é um crime doloso contra a vida”, disse.
Informaçóes Via Bahia Noticìas