Proposta para a realização do Team Águia Footvolley Cup é do vereador Paulo Magalhães Júnior
Salvador poderá sediar uma etapa anual do Team Águia Footvolley Cup (TAFC), encerrando o verão. A proposta é do vereador Paulo Magalhães Júnior (União), que apresentou na Câmara o Projeto de Indicação nº 178/2025 com essa finalidade. “O objetivo é fomentar o turismo local, aproveitando a vocação natural da cidade para o turismo de orla”, afirmou o parlamentar.
Na justificativa encaminhada ao prefeito Bruno Reis, Paulo Magalhães Júnior destacou que o TAFC é considerado o principal evento de futevôlei do Brasil e do mundo, reunindo e premiando grandes atletas. “Além disso, o evento percorre as principais cidades do país, gerando riqueza e renda por meio do turismo local”, acrescentou.
Segundo o vereador, Salvador enfrenta uma queda no fluxo turístico após o Carnaval, sendo necessário buscar alternativas que mantenham a cadeia produtiva do setor em atividade. “A realização anual do TAFC seria uma excelente opção para incrementar, movimentar e divulgar o município”, pontuou.
Ainda na justificativa, o vereador ressaltou que a Lei nº 11.438/06, conhecida como Lei de Incentivo ao Esporte, permite a aplicação de recursos oriundos de renúncia fiscal em projetos esportivos e paradesportivos em todo o território nacional. “Além disso, o Decreto nº 37.766, de 20 de novembro de 2023, regulamenta o Programa de Incentivo ao Esporte – VIVA ESPORTE, criado pela Lei Municipal nº 9.738, de 28 de setembro de 2023”, completou.
A proposta está em tramitação na Câmara Municipal. Se aprovada em plenário, seguirá para análise do prefeito. “A realização anual do TAFC em Salvador pode ser um grande impulso para o turismo local e para a promoção da cidade como destino esportivo”, concluiu Paulo Magalhães Júnior.
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“Prazo para revisão do
PDDU venceu em 2024”
É o que afirma a vereadora Aladilce Souza, que também criticou leilões de áreas verdes da cidade
“De acordo com o texto do próprio PDDU em vigor, aprovado em 2016, sua revisão deverá acontecer a cada oito anos, portanto o prazo já venceu desde o ano passado”, disse a vereadora Aladilce Souza (PCdoB) em reação às declarações do prefeito Bruno Reis, na manhã de sexta-feira (11), ao assinar a entrega da exploração do trecho da Orla Atlântica, entre a Boca do Rio e Patamares, ao grupo carioca Orla Brasil.
“Ele está enrolando a sociedade com esse discurso de que o Estatuto da Cidade define 10 anos. Como se ele cumprisse à risca. O problema é que, antes disso, ele está preocupado em leiloar as áreas verdes que restam na cidade”, pontuou a vereadora em crítica à concessão.
Aladilce ressaltou que vários movimentos de moradores e ambientalistas, incluindo órgãos técnicos da área de arquitetura e urbanismo e da academia, estão se mobilizando contra a “aberração” dos leilões de áreas verdes espalhadas pela cidade, que o prefeito classificou como “imprestáveis” por não gerarem arrecadação de impostos.
SOS Áreas Verdes
“O Movimento SOS Áreas Verdes é uma realidade e vai fazer o possível para defender o patrimônio de Salvador. Só o caso absurdo do leilão da encosta do Morro Ipiranga, entre a Barra e Ondina, anulado de forma misteriosa e remarcado para esta terça-feira (15), recebeu mais de 70 pedidos de impugnação. Isso é a cidade dizendo um sonoro não a essa negociata comandada pelos interesses da especulação imobiliária”, avisou Aladilce.
Em entrevista, o prefeito diz que a consultoria que acompanhará o processo de revisão do PDDU ainda está sendo contratada. E que o alto volume de investimentos no setor imobiliário, atualmente, é um reflexo do PDDU em vigor. “Dá uma passeada na orla, roda a cidade toda e vê o que está ocorrendo. Fruto de um PDDU que agora está chegando à maturidade”, argumentou o prefeito.
“Não pode ser assim como eles querem, tem que ouvir a cidade, tem que cumprir a lei, tem que preservar as áreas verdes que, ao contrário do que ele prega, servem sim, e muito, para o clima da cidade, para o paisagismo, para o bem-estar das pessoas”, afirmou a parlamentar.
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Marta Rodrigues critica Prefeitura
por concessão de trecho da orla
Vereadora questiona contrato de 30 anos para gestão de quiosques e tendas entre Piatã e Corsário
A vereadora Marta Rodrigues (PT) reforçou as críticas à Prefeitura de Salvador pela assinatura do contrato de concessão do Parque Urbano da Orla de Pituaçu com a empresa Orla Brasil, responsável pela gestão de 34 quiosques e 70 tendas no trecho entre Piatã e Corsário, pelos próximos 30 anos.
“Não precisamos ir para o Rio de Janeiro para saber que o processo está completamente equivocado. Está tudo muito nítido aqui mesmo em Salvador. O que estamos questionando é a forma como a licitação foi conduzida: sem transparência, sem escuta pública, sem respeito à legalidade e com indícios claros de favorecimento”, afirmou Marta. Ela respondeu ao prefeito Bruno Reis, quando ele sugeriu que a oposição “vá ao Rio de Janeiro para aprender” sobre concessões públicas.
A vereadora refere-se à escolha da empresa Orla Villa Lobos Administração de Mobiliário Urbano Ltda – pertencente ao mesmo grupo da Orla BR Participações – como vencedora da licitação. A Orla BR, segundo Marta, foi justamente quem realizou os estudos prévios e estruturou o modelo de negócio que serviu de base para o edital, configurando, segundo ela, um conflito de interesses.
Marta diz que “quem desenhou o projeto foi quem acabou sendo o maior beneficiado. É evidente que houve um jogo de cartas marcadas para favorecer um grupo empresarial com laços próximos à Prefeitura”.
A vereadora também criticou o fato de os antigos permissionários – que atuavam há anos em parte do trecho concedido – não terem sido ouvidos, tampouco incluídos no processo. “Depois que assina o contrato, é que vai ouvir a população? Isso não deveria ter sido feito antes? O mínimo seria garantir que os trabalhadores que já cuidavam daquela área fossem parte do processo. Estamos falando de centenas de famílias que estão sendo ignoradas”, disse.
Ainda como diz Marta, a bancada de oposição vai intensificar a cobrança. “Vamos exigir transparência, explicações sobre os critérios dessa licitação e garantias de que os permissionários não serão deixados para trás”, reforçou, destacando que a cidade é do povo.