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Dólar abre em baixa com novos ataques de Trump ao Fed

 



O dólar abriu em baixa nesta terça-feira (22), volta do feriado prolongado no Brasil. Os investidores repercutem novos ataques do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao dirigente do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA), Jerome Powell, e aguardam mais notícias sobre tarifas.

 

Às 9h07, o dólar à vista caía 0,14%, a R$ 5,7985 na venda. Na segunda-feira (21), Trump afirmou que a economia dos Estados Unidos pode passar por uma desaceleração se a taxa de juros não for reduzida imediatamente, em nova pressão ao banco central.

Na quinta (17), fechou em forte queda de 1,01%, cotado a R$ 5,806, e a Bolsa subiu 1,03%, a 129.650 pontos. O dia foi embalado pelo início das negociações do tarifaço do presidente Donald Trump. Japão e Estados Unidos sentaram à mesa, na quarta-feira, para discutir as tarifas impostas a produtos japoneses.
 

Tóquio enviou o ministro da Revitalização Econômica, Ryosei Akazawa, para dar início ao diálogo. Já Washington contou com o secretário do Tesouro, Scott Bessent, e o representante comercial Jamieson Greer.

Trump também participou das discussões. Segundo ele, houve "grande progresso" e o encontro "foi uma grande honra", sem fornecer mais detalhes sobre as negociações.
 

O Japão visa reduzir ou eliminar a tarifa "recíproca" imposta por Trump em 2 de abril, o apelidado "dia da libertação". A sobretaxa para o país asiático foi de 24%, embora essa cobrança, assim como a maioria das tarifas do republicano, tenha sido suspensa por 90 dias.
 

Entre as autoridades japonesas, a percepção é de que as discussões "não serão fáceis".

"Claro, o diálogo daqui para frente não será fácil, mas o presidente Trump expressou seu desejo de dar máxima prioridade às negociações com o Japão", disse o primeiro-ministro Shigeru Ishiba. "Reconhecemos que esta rodada de diálogo criou uma base para os próximos passos e apreciamos isso."
 

Ishiba reforçou que o país não tem pressa em chegar a um acordo e não planeja fazer grandes concessões. Ele ainda descartou, por enquanto, a possibilidade de contramedidas às tarifas dos EUA.

O governo japonês foi um dos primeiros a iniciar a rodada de negociações com o republicano, e um eventual acordo entre os dois países pode servir de modelo para os demais parceiros comerciais afetados pelo tarifaço.
 

"Isso anima os investidores e reduz um pouco a aversão ao risco ao pensar que pode haver uma solução para essa situação", disse Leonel Mattos, analista de Inteligência de Mercado da Stonex.
 

A perspectiva favorece moedas emergentes, que são ativos de risco, e, ao mesmo tempo, fortalece o dólar em relação a outras moedas fortes, como o iene e o euro. Isso porque a possibilidade de acordos tarifários arrefece a desconfiança dos investidores ante investimentos nos EUA, baqueados nas últimas semanas diante do tarifaço.
 

O movimento pode ser medido pelo índice DXY, que compara a divisa norte-americana a uma cesta de outras seis pares. O índice, na quinta, subiu 0,15%, a 99,42 pontos. Números abaixo de 100 indicam desvalorização contínua do dólar.

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