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Anuário de Segurança aponta que Santo Antônio de Jesus apresenta grande queda no ranking das cidades mais violentas do Brasil; cidade aparece na 17ª colocação

 


Santo Antônio de Jesus já esteve entre as cidades mais violentas do BrasilNo entanto, o município apresentou uma queda significativa em sua taxa de homicídios e, consequentemente, no ranking de cidades mais violentas, conforme dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2024. 

Em edições anteriores do Anuário, Santo Antônio de Jesus chegou a liderar o ranking, com altas taxas de homicídios por 100 mil habitantes. Por exemplo, no ano de 2022, a cidade foi apontada como a mais violenta do país, com uma taxa de 94,1 homicídios por 100 mil habitantes. 
No entanto, o 19º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, que divulgou os dados de 2024, mostrou que Santo Antônio de Jesus caiu para a 17ª posição no ranking, com uma taxa de 57,7 homicídios por 100 mil habitantes. Isso representa uma redução de 38,7% na taxa de homicídios em comparação com o levantamento anterior.
Essa queda no ranking e na taxa de homicídios reflete os esforços do estado e do município  para reduzir a violência na cidade. Em 2023, a prefeitura de Santo Antônio de Jesus chegou a contestar os dados do Atlas da Violência, alegando que os números eram "exagerados e questionáveis" e apresentando dados da Polícia Militar da Bahia que indicavam uma queda de 69,3% nos homicídios entre 2022 e 2023. 
É importante ressaltar que, apesar da queda, Santo Antônio de Jesus ainda aparece no ranking das cidades mais violentas do Brasil, o que demonstra a necessidade de continuar trabalhando para garantir a segurança da população. 
 Opinião do site PIRÔPO NEWS:
O trabalho de inteligência das Polícias Civil e Militar é um dos principais fatores para essa redução. Assim como a melhoria da educação pública municipal e estadual.
Essa redução tem diversos fatores, em minha visão melhoria na qualidade de vida da população através de políticas públicas voltadas ao social, esporte, lazer, cultura e geração de emprego e renda. 
É um conjunto, pois segurança pública se faz na base da sociedade.
(Marcius Pirôpo)

ENTENDA:

Cinco cidades baianas estão entre as dez mais violentas do país, informou o Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2025 divulgado na quinta-feira (24). O estudo, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, tem como base ocorrências registradas em 2024 e incluem homicídios dolosos, latrocínios [roubo seguido de morte], lesões corporais seguidas de morte e letalidade policial. As cidades pesquisadas têm 100 mil ou mais habitantes.

Conforme o estudo, a cidade mais violenta do país no último ano foi Maranguape (CE), na Região Metropolitana de Fortaleza. O município, de mais de 108 mil habitantes, contabilizou 87 mortes em 2024, atingindo taxa de 79,9 mortes por grupo de 100 mil habitantes. Assim como outras cidades do Ceará, o território reflete uma disputa sangrenta entre duas facções criminosas, o Comando Vermelho (CV) e os Guardiões do Estado (GDE), diz o Anuário.

Jequié, no Sudoeste baiano, que antes aparecia em terceiro lugar no ranking das cidades mais violentas do país do Anuário, assumiu a segunda colocação, com taxa de mortalidade de 77,6 por 100 mil habitantes. Embora tenha apresentado uma redução de 2,2% no número de mortes violentas intencionais entre 2023 e 2024, passando de 134 para 131 vítimas, a cidade permanece como uma das mais violentas do país.

O município consta ainda do ranking das maiores taxas de letalidade policial: das 131 mortes registradas pelas ações no último ano, 44 foram provocadas pelas polícias Militar e Civil, ou seja, 1 em cada 3 mortes na cidade foram provocadas por agentes estatais.

O terceiro lugar do ranking é de outro município baiano. Juazeiro, no Sertão do São Francisco, viu o número de mortes violentas intencionais crescer 9,6% no último ano e chegar a 194 vítimas, taxa de 76,2 por 100 mil. A percepção é que os casos refletem a interiorização da violência que tomou o Estado, em grande medida pela expansão de grupos criminosos.

Na cidade atuam ao menos duas facções que operam o narcotráfico segundo reportagens de imprensa: o Bonde dos Malucos (BDM) e uma dissidência deste grupo intitulada “Honda”34.

Na quarta posição entre as cidades mais violentas do país está Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). A cidade, que tinha aparecido em segundo lugar no ranking do ano anterior, apresentou redução de 12,1% no número de vítimas de mortes violentas, passando de 272 mortos em 2023 para 239 em 2024.

Apesar da melhora, a taxa se mantém elevada, com 74,8 mortes por 100 mil. Depois das cidades pernambucanas de Cabo de Santo Agostinho e São Lourenço da Mata, com 73,3 e 73 mortes por 100 mil habitantes, respectivamente, Simões Filho, também na RMS, aparece em sétimo lugar como mais violenta do país com taxa de 71,4 mortes por 100 mil.

O Anuário destaca que o “município que figura há anos entre os mais violentos do país tem sido alvo de disputas entre grupos criminosos como Bonde dos Malucos (BDM) e Comando Vermelho (CV). O oitavo e o nono lugar são ocupados pelas cidades cearenses de Caucaia e Maracanaú, com 68,7 e 68,5 mortes por 100 mil.

Feira de Santana finaliza a lista das dez violentas com taxa de 65,2 mortes por 100 mil. No ranking anterior, a segunda cidade mais populosa da Bahia, ocupava a sexta posição. Assim, mesmo com taxa ainda alta, a cidade apresentou redução de 6,5% no número de vítimas de mortes violentas intencionais.

No caso de Feira de Santana, o Anuário destacou a prisão em junho deste ano em São Paulo de uma liderança do narcotráfico vinculada à facção BDM. O fato ocorreu em uma operação conjunta da FICCO8 , o que evidencia vínculos entre a organização criminosa local e o PCC.

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