Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, classificou como "ato covarde" o cancelamento dos vistos de sua esposa e filha pelos Estados Unidos e disse estar "absolutamente indignado". Ele informou que seu próprio visto está vencido desde 2024, portanto não poderia ser alvo de sanção.
"As pessoas que fazem isso e o clã Bolsonaro, que orquestra isso, têm que explicar. Não para mim, nem só para o Brasil, mas para o mundo inteiro: qual o risco de uma criança de 10 anos de idade pode ter para o governo americano?", disse em entrevista nesta sexta-feira (15) à Globonews.
Padilha explicou que tomou conhecimento da sanção por mensagem da esposa enquanto cumpria agenda em Pernambuco e criticou Eduardo Bolsonaro e aliados, afirmando que montaram "um verdadeiro escritório do lobby da traição nos Estados Unidos", pressionando o Brasil e o Supremo Tribunal Federal (STF).
O ministro questionou a justificativa das sanções contra servidores do Mais Médicos, lembrando que o programa foi criado por ele em 2013 e atualmente não mantém parceria com médicos cubanos. Ele destacou que outros países seguem com cooperação sem sofrer sanções, criticando a seletividade da medida americana.