Lima já foi vereador na cidade e se elegeu como vice-prefeito em 2016 e, em 2020, na chapa de Orlando Morando (PSDB), ex-prefeito de São Bernardo e atual secretário municipal de Segurança Urbana de São Paulo.
Em 2022, ele foi eleito deputado federal, mas teve o mandato cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por infidelidade partidária em novembro de 2023. À época, o tribunal entendeu que a desfiliação do parlamentar, que estava no Solidariedade, aconteceu sem justa causa, o que é considerado ilegal.
Apesar de ter composto a chapa de Morando em 2020, Marcelo Lima não foi apoiado pelo atual secretário no primeiro turno das eleições do ano passado, quando Morando decidiu apoiar a sua sobrinha, Flávia. Já no segundo turno, o atual secretário mudou de postura e apoiou Lima contra Alex Manente (Cidadania). Lima saiu vitorioso com 28,64% dos votos.
Com o afastamento do prefeito, a vice-prefeita de São Bernardo do Campo, Jéssica Cormick, irá assumir o cargo.
Operação da PF
A Polícia Federal cumpre, na manhã desta quinta, dois mandados de prisão preventiva, além de 20 mandados de busca e apreensão e medidas de afastamento de sigilos bancário e fiscal, nas cidades de São Paulo, São Bernardo do Campo, Santo André, Mauá e Diadema, todas no estado de São Paulo.
As medidas cautelares, expedidas pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, incluem ainda o afastamento de cargos públicos e o monitoramento eletrônico.
Os investigados responderão, na medida de suas condutas, pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, corrupção passiva e corrupção ativa.
Em nota ao Metrópoles, a Prefeitura de São Bernardo do Campo disse que vai colaborar com as informações necessárias em relação ao caso. “A gestão municipal é a principal interessada para que tudo seja devidamente apurado. Reforçamos que o episódio não afeta os serviços na cidade”, diz o texto.
A reportagem também tenta contato com as defesas dos demais citados nas investigações da PF. O espaço segue aberto para atualizações.
informações: Metrópoles