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Por Marcius Pirôpo, o Peso Pesado da Notícia
Nazaré - Chegou ao meu conhecimento um vídeo de uma ambulante, já circulando em grupos de WhatsApp, que escancara uma situação absurda em Nazaré. Enquanto a Prefeitura da cidade gasta milhões de reais, uma trabalhadora do povo precisa gravar um vídeo, com chave Pix, para pedir ajuda da sociedade. A falta de recursos alegada pela administração municipal é um insulto à inteligência da população.
A Prefeitura de Nazaré mantém um contrato de quase R$ 600 mil com uma agência de publicidade. No entanto, ignora a necessidade básica dos ambulantes do campeonato "Interbairros", que têm de fazer uma vaquinha para contratar a cantora Miriam Nascimento e melhorar a sonorização das apresentações. A contradição é ainda mais gritante quando se lembra que a prefeitura investiu R$ 300 mil em atrações musicais para um único dia de evento na "Marcha para Jesus 2025".
O município é próspero e tem recursos. O que falta é prioridade, organização e respeito com os ambulantes, que são a base do movimento econômico no estádio. Eles não podem continuar tirando dinheiro do próprio bolso para garantir o mínimo de estrutura para o seu sustento. O apelo por ajuda via Pix é a prova de que a gestão falhou em sua responsabilidade.
Um Ataque aos Princípios da Democracia
Essa postura da gestão não é apenas um sinal de desorganização; ela é um ataque direto aos princípios da liberdade de imprensa e da transparência. O PIRÔPO NEWS BAHIA já foi alvo de processos judiciais por fazer o seu trabalho, assim como outros cidadãos que ousaram cobrar por serviços públicos. A tentativa de silenciamento e a restrição de publicidade a veículos que dão voz ao povo são uma afronta à Constituição Federal e a todo o sistema democrático.
A liberdade de imprensa é garantida pelo Artigo 5º e pelo Artigo 220 da Constituição, que asseguram o direito à informação. A revogação da Lei de Imprensa pela ADPF 130 reforçou que o jornalismo não pode ser amordaçado. A pergunta que a população de Nazaré precisa fazer é: por que se gasta tanto com publicidade, mas se evita o diálogo com quem, de fato, representa a voz da cidade? A transparência não pode ser um produto comprado com um contrato milionário; ela deve ser um compromisso genuíno com a sociedade.
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