Mães atípicas concluem oficina de culinária e celebram novas oportunidades de renda em Salvador

Fotos: Otávio Santos / Secom PMS
Reportagem: Ana Virgínia Vilalva e Letícia Silva / Secom PMS

Na mesa da cozinha de casa, Adriele Cristina, 39 anos, já tinha o costume de preparar doces para complementar a renda da família, mas sempre sonhou em ampliar o cardápio e conquistar novos clientes. Ao longo de um mês, ela dividiu as aulas do curso “Oficina de Culinária – Alimentando Sonhos”, promovido pela Prefeitura de Salvador, com o filho Ayan, de 5 anos, que esteve ao seu lado em todos os encontros.

Nesta sexta-feira (3), mãe e filho receberam juntos o certificado, em uma conquista que representa novas possibilidades de futuro para ela.

“Foi maravilhoso participar da oficina, muito bom mesmo. Já trabalho com doces, mas agora aprendi a fazer também os salgados e isso vai elevar muito as minhas vendas. Receber esse certificado simboliza uma nova porta que se abre. Já estou me organizando para o Natal”, contou Adriele.

A formação reuniu 50 mães atípicas, que participaram de aulas práticas para fazer bolos, tortas, pães e salgados, em uma programação de 20 horas. Realizada pela Secretaria de Promoção Social, Combate à Pobreza, Esportes e Lazer (Sempre), em parceria com a Faculdade Anhanguera e a Central Única das Favelas (Cufa) Bahia, a iniciativa fez parte da programação do Setembro Verde, mês dedicado à luta pelos direitos das pessoas com deficiência.

A diretora de Políticas para Pessoas com Deficiência da secretaria, Daiane Pina, ressaltou que a capacitação reforça o compromisso da Prefeitura em transformar vidas por meio do empreendedorismo. “Das 50 mulheres inscritas, duas já ingressaram na universidade. Ver esse auditório cheio, ver que elas mesmas prepararam o coffee break de encerramento, é a prova de que estamos realmente fazendo a diferença. É muito gratificante acompanhar a superação e a rede de apoio que elas construíram entre si”, disse. 

O diretor da Cufa Bahia e coordenador da Cufa Região Metropolitana, Thiago Lima, afirmou que a parceria foi fundamental para oportunizar acolhimento e renda às participantes da oficina. “Nosso objetivo é justamente oportunizar, construir pontes e fortalecer redes de apoio. Essa parceria trouxe aprendizado, renda e acolhimento para mulheres que muitas vezes não têm suporte fora daqui. Para nós, é uma alegria imensa ver essa transformação”, pontuou.

Já a gerente e diretora da Faculdade Anhanguera Iguatemi, Cleise Fernandes, comentou sobre o envolvimento da instituição na iniciativa: “O curso movimentou toda a universidade, trouxe cores, sabores e muitas histórias. Parcerias como essa, que unem educação e qualificação profissional, são fundamentais para gerar impacto social. E nós aprendemos muito também com cada uma dessas mulheres”.