É lamentável o contraste. Enquanto o Brasil celebrava o 15 de Outubro, a Prefeitura de Nazaré deu as costas aos seus educadores, não com um abraço, mas com um ato administrativo frio. O caso do Coordenador do EJA é um escândalo ético que precisa ser noticiado.
Amigos leitores do PIRÔPO NEWS, eu sou o Piropo e, como "Peso Pesado da Notícia", não posso me calar diante do que presenciamos na Educação de Nazaré nesta semana do Dia do Professor.
O contraste é revoltante e precisa ser jogado na luz. Onde está a festa? Onde está o reconhecimento que a categoria merece no dia 15 de Outubro? Pois bem, em vez de uma celebração calorosa, o que a gestão municipal entregou aos seus profissionais foi um ato de extrema insensibilidade: a exoneração do Coordenador do EJA, Júnior, enquanto ele estava em tratamento de saúde, afastado por Burnout.
Eu me pergunto, e pergunto a cada gestor de Nazaré: Que tipo de mensagem isso envia? Que o esforço, a dedicação e até o sacrifício da saúde, que levou o Coordenador ao esgotamento, valem menos do que a frieza de um decreto em Diário Oficial?
O desabafo de Júnior nas redes é um grito de dor que ecoa na cidade. Ele foi pego de surpresa, "sem aviso e sem conversa," enquanto lutava contra uma doença causada, ironicamente, pela dedicação ao cargo. Ele questiona: “Faltou empatia? Consideração? Respeito? Diálogo? Humanidade? Fui descartado?”
A resposta é clara: a forma como a exoneração foi conduzida é a prova cabal de que, no serviço público, o "capital humano" muitas vezes é tratado como um mero item descartável. É uma afronta à dignidade do trabalhador e, em especial, ao educador.
A Importância da Notícia
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O caso do Coordenador Júnior é um retrato de como a falta de compaixão pode se manifestar na gestão. Se o município não consegue sequer promover uma festa digna para o seu corpo docente – que são os verdadeiros transformadores da sociedade – e, pior, exonera um profissional doente, é evidente que a valorização está apenas no discurso.
Que este caso sirva de reflexão para Nazaré: um legado construído com "ética, responsabilidade e amor", como ele descreveu, não pode ser apagado por um decreto. Mas o preço moral desse ato administrativo, esse sim, ficará gravado na história da administração local.
Piropo.
O Peso Pesado da Notícia.