Comunidade universitária pede
nova linha de ônibus na Ufba
Audiência pública da Comissão de Transportes, realizada na noite de quarta-feira (3), foi requisitada pela vereadora Aladilce Souza
A criação de uma nova linha de ônibus circular universitária, sobretudo no turno noturno, ligando o campus da Federação à Estação da Lapa, foi o principal encaminhamento aprovado na audiência pública da Comissão de Transporte da Câmara Municipal de Salvador, solicitada pela vereadora Aladilce Souza (PCdoB). O debate “A situação da mobilidade na Ufba” ocorreu na noite de quarta-feira (3), no auditório da Escola Politécnica, que reúne quase 5 mil estudantes.
Além da vereadora, que é professora da Ufba e líder da bancada da oposição na Câmara, compuseram a mesa o secretário de Mobilidade Urbana de Salvador (Semob), Pablo Souza; o estudante Lucas Romeu, do DCE/Ufba; Cristiane Araújo, representante da Pró-Reitoria de Ações Afirmativas e Assistência Estudantil (Proae/Ufba); e o professor Juan Pedro Moreno Delgado, da Escola Politécnica. Participaram estudantes, servidores, professores e moradores do entorno da universidade.
Melhorar a iluminação
A engenheira civil recém-formada Caroline Oliveira apresentou seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), trazendo um diagnóstico do transporte público na Ufba. Ela destacou o agravamento da insegurança no turno noturno, já que o BuzUfba não acessa a Estação da Lapa, fator que contribui para a evasão de estudantes. Como alternativa, sugeriu a criação de uma linha pela Avenida Garibaldi, atendendo estudantes da Politécnica, Arquitetura, IGEO e PAF-6, operada por micro-ônibus, o chamado UfbaBus.
O secretário Pablo Souza admitiu estudar a proposta e avaliar a ampliação dos horários das linhas atuais, incluindo uma parada na Escola Politécnica, desde que a universidade disponibilize área de recuo para o ponto de ônibus. Ele também prometeu reforçar a fiscalização do cumprimento dos horários. Durante a audiência, fez contato com o diretor de Iluminação da Secretaria de Ordem Pública, Ângelo Magalhães, que se comprometeu a melhorar o serviço na região nos próximos dias.
Professores e estudantes defenderam que o debate seja ampliado para outros campi, como Canela e São Lázaro.
“A audiência foi muito positiva; já temos alguns avanços, mas o mais importante é a continuidade do diálogo e a análise dos diversos problemas apontados. A universidade precisa se abrir mais para a sociedade, e vejo isso aqui na prática: abrir-se mais para a cidade, acolher a comunidade universitária. Assim, qualificamos a gestão e fortalecemos a esfera política, nessa relação de troca entre universidade, ciência, política e administração pública. Saio muito satisfeita e esperançosa de que vamos avançar na mobilidade em outras áreas da cidade”, resumiu Aladilce.
Exemplo do Ifba
A audiência foi requisitada pela comunidade universitária, inspirada no resultado positivo de atividade semelhante promovida por Aladilce, no primeiro semestre, no campus Barbalho do Instituto Federal da Bahia (Ifba).
Após ouvir estudantes, professores e funcionários, a vereadora levou à Secretaria de Mobilidade Urbana o pleito por uma linha noturna, demanda que foi recentemente atendida. “Esse exemplo mostrou que é possível buscar o diálogo com o poder público para se chegar a uma solução”, destacou.
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Consulta para criação do Dia
Municipal de Combate à Tortura
Hamilton Assis quer ouvir cidadãos antes da votação do projeto em memória de Marighella e em defesa dos direitos humanos
O vereador Hamilton Assis (PSOL) abriu oficialmente uma consulta pública para que a população de Salvador possa opinar sobre o Projeto de Lei nº 537/2025, que institui o Dia Municipal de Combate à Tortura, previsto para ser celebrado anualmente em 4 de novembro.
A iniciativa cumpre a exigência da Lei Municipal nº 9.333/2018, que determina a realização de consultas e audiências públicas antes da votação de determinadas matérias, mas, segundo o parlamentar, também reforça o compromisso do mandato com a participação social e a transparência.
O projeto propõe incluir a data no Calendário Oficial de Eventos do Município. Em sua justificativa, Hamilton Assis destaca a definição de tortura segundo a Convenção Interamericana para Prevenir e Punir a Tortura e lembra que o Brasil assumiu compromissos internacionais no combate a essas práticas, incluindo a criação do Sistema Nacional de Prevenção e Combate à Tortura e do Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura. A votação acontece pelo link: http://bit.ly/49SfXD7
O vereador ressalta que a escolha do dia 4 de novembro faz referência ao assassinato de Carlos Marighella, ocorrido nessa data, durante a ditadura militar. “Tratar da memória de Marighella é reafirmar a luta contra as violações de direitos humanos e homenagear todas as pessoas que sofreram violência institucional no país”, afirma Hamilton.
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