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Mãe denuncia agressão de segurança contra filho em shopping


  • Cidadão Repórter | Ag. A TARDE
    Adolescente de 16 anos mostra camisa que teria sido rasgada por segurança do shopping - Foto: Cidadão Repórter | Ag. A TARDE
    Adolescente de 16 anos mostra camisa que teria sido rasgada por segurança do shopping
A farmacêutica química Josi Sousa usou o perfil dela no Facebook para denunciar uma agressão sofrida pelo filho dela e um amigo dentro do Salvador Shopping. De acordo com relato, o fato aconteceu na tarde deste sábado, 23, quando o filho de 16 anos e outros quatro adolescentes de 15 foram lanchar no estabelecimento comercial.
"Eles estavam em um aniversário no Caminho das Árvores, tomando banho de piscina e decidiram ir lanchar no shopping. Quando entraram, perceberam que estavam sendo seguidos e ainda comentaram: 'a gente está com essa roupa e estão seguindo a gente'. Mas como são meninos tranquilos, não se preocuparam", contou ela, explicando que os adolescentes são negros e trajavam short, camiseta e sandália, o que ela acredita que tenha motivado o preconceito.
Josi conta que os jovens foram abordados mais de uma vez. Na primeira, eles estavam parados em um corredor conversando, quando um segurança disse que eles estavam atrapalhando a circulação das pessoas no local.
Com a reclamação, eles decidiram sair de onde estavam e foram para a praça de alimentação, onde sentaram para lanchar em uma mesa com quatro lugares. Como eles estavam em cinco, puxaram uma cadeira extra, mas foram repreendidos novamente.
"Disseram que eles não podiam pegar mais uma cadeira, que a mesa era para quatro pessoas. Então, um amigo do meu filho perguntou porque não podia, já que tinha uma família ao lado com sete pessoas que juntou duas mesas. Disseram que não podia e não justificaram", contou  Josy.
Chateado, o jovem levantou e afastou a cadeira onde estava sentado, mas sem colocá-la na outra mesa. Então, outro segurança repreendeu o rapaz. "Ele disse que o menino estava bagunçando, que tinha que colocar a cadeira no local. Eles (os adolescentes) estavam realmente chateados, porque é inadmissível não poder ficar em pé ou pegar uma cadeira em um shopping", disse.
Segundo Josi, o amigo do filho chegou a falar que colocaria a cadeira no lugar, mas o segurança achou que ele estava debochando e disse que os garotos iam sair do shopping. Em seguida, o funcionário teria segurado o braço de um dos jovens e o filho de Josi reagiu pedindo para soltar o amigo.
O rapaz começou a gritar para ser solto, mas ele e o amigo foram "arrastados" para um espaço reservado. "Uma senhora tentou intervir, mais três seguranças levaram eles para um corredor, onde meu filho foi empurrado pelas costas e arrastado. Um segurança deu um murro no peito dele", contou Josi, afirmando que dois policiais estiveram no local e presenciaram as agressões.
Ela ainda disse que um dos seguranças ameaçou colocar drogas na mochila do filho dela, mas que desistiu da armação. Em seguida, os adolescentes foram expulsos do shopping.
O shopping, por meio da assessoria de imprensa, confirmou a expulsão dos jovens, mas não se pronunciou sobre a denúncia de agressão. "O Salvador Shopping esclarece que, após observar alguns jovens com postura inadequada na praça de alimentação, causando incômodo aos demais clientes, solicitou que se retirassem do local. Eles foram acompanhados até a saída do shopping", disse em nota.
Preconceito
Josi disse que procurou a administração do shopping para prestar queixa. "Eles me disseram que o shopping protege as crianças, mas porque enxotaram meu filho e os amigos? Porque não me ligaram?", questionou.
Para ela, houve preconceito, por conta da roupa e da cor da pele dos jovens. "Quando eu estava na administração, vi três adolescentes brancos e com roupas de marca. Perguntei porque eles estavam lá e disseram que estavam bebendo na praça de alimentação e que iam ligar para os pais deles. Porque chamaram os pais deles e o meu foi expulso como cachorro do shopping? Tiveram duas condutas diferentes com crianças da mesma idade", afirmou. fonte: Atarde
Por conta das agressões e do constrangimento, a farmacêutica registrou queixa na Delegacia de Repressão a Crimes Contra Criança e Adolescente (Derca).

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