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Salvador: Jovens aprendem a lutar com o campeão Sergio Pestinha, por menos violência

A academia abriga 30 alunos que têm aulas de boxe full contact - Foto: Raul Spinassé | Ag. A TARDE
Para ocupar o tempo de crianças e jovens de sua vizinhança, no bairro de São Caetano, Ronaldo Conceição( sergio Pestinha ) derrubou as paredes da própria casa e montou uma academia.  O professor de artes marciais, 40 anos, explica que a mudança estrutural na sua residência foi decidida para abrigar o projeto Criança na Luta. Há três anos, quando começou a dar aulas de boxe e full contact, aproveita para ensinar a garotada a evitar  envolvimento em situações   de risco.

Atualmente, são 30 alunos com idades a partir dos 8 anos. "Sentimos a carência da comunidade. As drogas estão arrastando todo jovem que encontra pela frente", lamentou o professor. O local onde Ronaldo e a maioria de seus alunos residem, no final da Rua Sirlândia, é considerada área violenta pela polícia e reduto do tráfico de drogas.
Segundo moradores, viaturas fazem rondas sistemáticas na área, onde costumam ser registrados conflitos entre os traficantes. Boa parte dos alunos da escolinha pertence à classe de baixa renda. Para fazer frente à carência de recursos e, ao mesmo tempo, se manter o professor cobra R$ 30 mensais de quem pode pagar. Mesmo assim, tem de complementar a renda. A saída foi improvisar uma lanchonete perto da janela da sala. A mulher Flávia Gomes toma conta do negócio.
A bem-sucedida empreitada possibilitou ao professor   desligar-se de cinco academias do Centro da cidade para se dedicar 100% ao projeto. Enquanto estava nos ex-empregos, pedia preferência na compra de aparelhos. "Quando uma academia ia vender algum, eu dizia: não, deixa comigo que eu pago com aula", relatou. De um em um, garantiu os atuais 20 equipamentos de ginástica da academia.

Alunos - Para os alunos do professor Ronaldo, as aulas têm mudado o comportamento dos jovens. "A gente aprende a lutar, mas não apelar para a violência", disse Deninson Maciel, 12, que treina de graça. Os garotos também aprendem a reconhecer uma situação de risco. "Se alguém  chamar para dar um queimado (bombom), digo que estou de barriga cheia", simulou Deninson.
Em seguida, o garoto defendeu que, na dúvida, o certo é desconfiar da oferta. Segundo disse, tanto pode ser um inocente doce como uma mistura dele com drogas. Esse tipo de reação reduz a sensação de vulnerabilidade nos pais. "Trabalho em plataforma marítima no sistema 14 por 14 dias. Sem a academia, iria trabalhar preocupado", disse Joabson Soares, 35 anos, pai de Jeferson, 15.
José Agostinho, 33 anos, acabou se inscrevendo nas aulas com o filho João Victor, 8 anos. Leva dez minutos de moto, entre os bairros de Pirajá e o de São Caetano."Venho com meu filho treinar. Faço a luta mais para cuidar do condicionamento físico e qualidade de saúde do  filho", justificou Agostinho. Já o aluno Rainan dos Santos, 16 anos, pensa ir mais longe. Destaque no boxe, ele já é considerado uma promessa para o título  Brasileiro.
fonte: Jornal A Tarde

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