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Barreiras: Justiça ordena retirada de crianças que moravam embaixo de ponte

Barreiras: Justiça ordena retirada de crianças que moravam embaixo de ponte
Foto: Barreiras Notícias

O juiz Ricardo Costa e Silva, a pedido do Ministério Público da Bahia (MP-BA), determinou a retirada de crianças que moravam embaixo de uma ponte em Barreiras. As crianças conviviam com animais, bebidas alcoólicas, fezes e sujeira. A ponte é situada às margens do Rio Grande e da BR 242. Uma das crianças, de apenas três anos, perdeu a perna direita ao ser atropelada nas mediações da ponte por um veículo de carga pesada, enquanto sua mãe lavava roupas no rio, no último mês de dezembro.

A situação foi comunicada pelo Conselho Tutelar de Barreiras ao MP-BA. O promotor de Justiça Márcio Guedes visitou pessoalmente o local. Diante da situação de vulnerabilidade dos menores, pediu a suspensão do poder familiar de cinco crianças irmãs para que fossem acolhidas em um abrigo. A decisão judicial foi cumprida na última sexta-feira (8), com o apoio de policiais e bombeiros militares, conselheiros tutelares, assistentes sociais e psicólogos. Outras crianças que viviam no local também foram acolhidas e estão abrigadas no Lar de Emmanuel, que fica no município.

O juiz afirma que a medida foi deferida com a finalidade de “resguardar a integridade física e psicológica das crianças”. Ele determinou, ainda, que o acolhimento fosse feito no Lar de Emmanuel e que as crianças estudem e recebam acompanhamento especializado. Na quarta-feira (13), o promotor visitou o abrigo para verificar a situação das crianças. Ele as encontrou bem vestidas e alimentadas. As crianças maiores já foram matriculadas em uma escola e as menores estão recebendo as vacinas adequadas.“As crianças estão bem acolhidas, recebem a visita dos pais, e a tendência é que retornem para suas famílias, sob a condição de que não voltem a morar embaixo da ponte”, afirmou o promotor de Justiça.

De acordo com informações colhidas pelo Ministério Público, a família possui uma casa em um bairro da cidade, mas permanecia morando embaixo da ponte em virtude do imóvel “ser pequeno” e “para comercializar seus produtos (de limpeza) e receber doações” no local. Para que a condição das famílias também seja avaliada, o promotor Márcio Guedes encaminhará cópia do processo para a Promotoria de Justiça com atribuição na área da Cidadania. Segundo ele, mais de 20 pessoas ainda moram embaixo da ponte.




BN

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