Associada do bloco Ilê Aiyê, a deputada estadual Olívia Santana (PCdoB) destacou a importância da agremiação, que completou 45 anos neste Carnaval. A entidade é o primeiro bloco Afro do Brasil.
“Todo ano é de lei. Minha relação com Ilê é de identidade com esse bloco que nós mulheres negras devemos muito. O Ilê é uma reinvenção de identidade de homens negros, mas especialmente de mulheres negras. Um concurso que existe há tantas décadas e continua atual. Mulheres do gueto de Salvador, do Subúrbio, do Nordeste... de diversas partes de Salvador brigando para participar com as torcidas para ver quem vai ganhar o título de Deusa do Ébano. Isso é um elemento fundamental para a firmação de nossa autoestima. Esse é um concurso de beleza totalmente diferente dos concursos convencionais que são baseados na celebração da beleza branca. Aquela ideia de mercado da mulher, que é uma oferta corporal. De biquíni e com menos roupa melhor. Aqui é a firmação de nossa indumentária, é uma celebração da africanidade reinventada na Bahia. É um conjunto de elementos que dão orgulho de ser quem somos”, disse em entrevista ao Bahia Notícias.
A tradicional saída do Ilê começou no circuito Mãe Hilda, neste sábado (2), no Curuzu, com a cerimônia religiosa comandada pela mãe de santo Hildelice Benta, ialorixá do Terreiro Ilê Axé Jitolu.
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