O cirurgião pediátrico Dr. Zacharias Calil responsável pelos cuidados com as gêmeas siamesas santoantonienses que estão internadas no Hospital Materno Infantil de Goiânia (GO), explicou em entrevista ao repórter Luiz Santos, da Rádio Sociedade News FM, que as irmãs Laura e Laís estão esperando estabilização no quadro, porém uma delas se alimenta por via oral e a outra por sonda, mas a ligação pelo abdômen que liga a bacia a o osso chamado ísquio apresenta uma complexidade na cirurgia por se tratar de isquiópagos. “É considerado o mais complexo e mais raro com um grau de dificuldade muito alto e só perdem em termo de incidência para aqueles gêmeos que são unidos pela cabeça”, disse.
Dr. Calil lembra também que a recomendação é que a intervenção cirúrgica deve acontecer com 1 ano de idade para que se tenha resistência o suficiente. “ É importante ter pele, então se fosse hoje a separação, elas não teriam pele suficiente para fechar as estruturas do abdômen e da bacia. Nós vamos ter que por volta de seis a oito meses colocar espansores debaixo da pele e toda semana insuflar e com isso a pele vai se expandindo e termos uma segurança, se não elas não sobrevivem”, enfatizou.
Com o grau de complexidade elevado, as chances nesses tipos de cirurgias são de 50% porque muitas vezes faltam órgãos e sempre há sequelas. Dr. Zacharias já realizou 38 cirurgias por se tratar de gêmeos e 19 casos de sucesso, entre eles, em Fortaleza que ambos sobreviveram, outra em Recife onde apenas um sobreviveu.
A principal resposta para essa má formação se dá através de alterações do meio ambiente, como uso indiscriminado e regular de agrotóxicos que tem ganhado força no mundo inteiro e é o mais apontado pela ciência. blogdovalente