Anualmente, é celebrado um culto ecumênico em frente à Basílica de Nossa Senhora da Conceição da Praia em Salvador, ponto inicial do cortejo, com representantes católicos, do candomblé, evangélicos, espíritas e de outras religiões.
A Igreja de Nosso Senhor do Bonfim, em Salvador, é nacionalmente famosa por ser um dos cartões postais da capital baiana e também pelas fitinhas coloridas em suas grades, uma atração turística à parte. Nos meses de janeiro, a igreja recebe um dos principais eventos do calendário baiano: a Lavagem do Bonfim.
A festa inclui um cortejo com a imagem do santo entre a Basílica de Nossa Senhora da Conceição da Praia e a Igreja do Bonfim, percurso de oito quilômetros. Ao final, as baianas lavam as escadarias da igreja com água de cheiro, uma tradição de mais de 240 anos, e é tocado o “Hino ao Senhor do Bonfim”. No ano de 2016, segundo informações do “G1”, cerca de 500 mil pessoas participaram da festa.
A lavagem ocorre na quinta-feira que antecede o segundo domingo após o Dia de Reis . Em sua origem, no século 18, escravos eram obrigados a lavar o interior e arredores da igreja como parte dos preparativos para a Festa do Bonfim, celebrada no domingo — atualmente com significado próprio, somente a parte externa é lavada.
O ato passou a ser reinterpretado pelos povos negros escravizados, que não seguiam o catolicismo, como uma celebração ao orixá Oxalá. Daí vem a tradição religiosa híbrida da festa.
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