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Contas dos governos também serão destroçadas pela crise da Covid-19


Contas dos governos também serão destroçadas pela crise da Covid-19
Foto: Divulgação
Engana-se quem acredita que apenas o setor privado vai terminar a crise do novo coronavírus quebrado. O setor público, inclusive, tende a ser afetado tanto quanto, porém chamará bem menos atenção em um primeiro momento. As consequências do iminente colapso econômico serão sentidas a médio e longo prazo, com comprometimento da prestação de serviços pelas três esferas: União, estados e municípios. Só que esse bolso não é de A ou de B. É o bolso de todo e qualquer brasileiro, seja ele rico ou pobre. A diferença é que os ricos dependerão menos do estado quando a tempestade passar.

Imprescindível para conter o avanço da Covid-19, o isolamento social vai retirar milhões de reais de circulação. O impacto na cadeia produtiva está o tempo todo na imprensa e gera até mesmo a estapafúrdia ideia de que é preciso voltar à normalidade. Não é o momento, pois entre salvar vidas e salvar a economia, o natural deveria ser escolher a primeira opção. Porém além dos bens e serviços ficarem estagnados, o “lockdown” gera uma queda drástica de arrecadação, ao tempo em que aumentar os gastos públicos se torna vital para a sobrevivência dos cidadãos – e das próprias empresas.

O cofre da União é maior do que a “poupança” de estados e municípios. Por isso a cobrança é maior em cima do governo federal. A parte controlada pelo Palácio do Planalto é uma fatia gigantesca desse bolo. Por isso a falta de rearranjo do pacto federativo, como defendido há algum tempo por políticos das mais diversas vertentes, vai fazer tanta falta nesse momento. A União vai sentir o baque, porém o custo para cofres de estados como a Bahia ou como o da prefeitura de Salvador será ainda maior. Somos pobres, mesmo que finjamos que não.

É claro que precisamos que impostos sejam reduzidos, já que a renda de todos os brasileiros vai cair. É natural que muitas pessoas, físicas e jurídicas, vão preferir honrar com outros compromissos ao invés de quitar dívidas com a bocarra estatal. A prioridade é, sem dúvidas, salvar vidas. Entretanto precisamos ter a dimensão de que, no futuro - e espero que seja em um futuro próximo - a conta dessa alta demanda do Estado brasileiro como um todo será cobrada.

No melhor dos caminhos, talvez voltemos ao início da redemocratização brasileira, quando a inflação e o receio da instabilidade econômica pautavam o noticiário do final da década de 1980. O ministro Paulo Guedes tem um enorme desafio pela frente. Todos torcemos para que ele tenha êxito nesse processo. Sob o risco de terminarmos a crise do novo coronavírus com o setor privado esfacelado, o poder público estraçalhado e com brasileiros traumatizados demais para tentarem reconstruir o país

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