Foto: Reprodução / Rafaela Felicciano / Metrópoles |
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) fez duras críticas na manhã desta quinta-feira (28) à operação da Polícia Federal (PF) que apreendeu computadores, celulares e tablets de empresários, comunicadores e influenciadores digitais acusados de propagar fake news.
“Acabou, porra!”, gritou o chefe do Executivo. “As coisas têm limite, ontem [quarta-feira] foi o último dia. Me desculpe o desabafo, mas não dá para admitir decisões individuais. Não vamos admitir que uma única pessoa tome decisão em nome de todos”, criticou.
O presidente reforçou que a operação dessa quarta-feira (28) seria uma evidência de que ele não tenta interferir politicamente na Polícia Federal. Incomodado com as ações do STF, Bolsonaro disse respeitar os outros dois Poderes e pediu que façam o mesmo pelo Executivo. “Respeito o Supremo, o Congresso, agora, tem que respeitar o Executivo também”.
O chefe do Executivo classificou como “mentirosos” os argumentos que justificaram a ação baseado no inquérito das fake news no Supremo. “Querem censurar a mídia social, que me trouxe até aqui [presidência da República]. Nunca tive dinheiro para campanha, foi o povo que me botou aqui”.
Momentos após se dizer disposto a se reunir com os chefes da Câmara, Senado e STF, Bolsonaro endureceu o discurso. “As coisas têm limites, ontem foi o último dia”, afirmou, sem esclarecer de que modo impediria a PF e o STF de continuar a investigar pessoas acusadas de integrar rede de propagação de notícias falsas.
BN