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Surto de Covid-19 nas Américas está longe de acabar, dizem cientistas

Surto de Covid-19 nas Américas está longe de acabar, dizem cientistas
Foto: Paula Fróes / GOVBA
A América Latina está na contramão de países europeus no quesito combate ao coronavírus. Enquanto os gráficos que acompanham a evolução da pandemia demonstram controle da doença no Velho Continente, um estudo do Observatório Fluminense Covid-19 aponta que o momento é de aumento do número de casos e mortes ou uma estabilização em patamares muito elevados no Brasil e países e vizinhos. 

De acordo com a Agência Brasil, dos 15 países da América Latina analisados pelo projeto (não entram no monitoramento do grupo El Salvador, Guatemala, Haiti, Honduras e Nicarágua), o gráfico chamado de semáforo indica que apenas Cuba e Uruguai estão no indicador verde, que significa que o país está “vencendo” a epidemia quanto ao número de casos registrados por semana. Na métrica por número de mortes por semana, o Paraguai também entra no verde.

Estão na cor amarela, que indica “quase lá” no enfrentamento à pandemia, Chile, Equador e Paraguai para novos casos por semana e apenas o Equador para o número de mortes. Todos os outros estão no vermelho para as duas medidas, ou seja, “precisam agir” para controlar a disseminação do novo coronavírus.

Integrante do Observatório, o professor Americo Cunha, do Instituto de Matemática e Estatística da Uerj, destaca que o gráfico indica uma tendência da pandemia e a cor muda de acordo com o desenho formado pela curva epidemiológica.

“A gente classifica a situação em vermelho, amarelo ou verde de acordo com a forma do gráfico. Quando a epidemia passa, a curva segue um esquema: ela sobe, passa por um platô e depois desce. Não é igual para todos os países, pode ser mais inclinado para esquerda ou para direita, a subida mais lenta ou mais rápida. Se você olhar a curva de Cuba, por exemplo, ela já tem esse formato fechado. Equador está em amarelo porque subiu, desceu, subiu e está estacionado num patamar ainda relativamente alto”.

                                             
O número de casos por milhão de habitantes varia muito na região, indo de 212 em Cuba e na faixa de 280 no Uruguai e na Venezuela, até 15.800 no Chile. Panamá e Peru estão na faixa de 9.500 por milhão e o Brasil em 8 mil por milhão. Em número de mortes, Venezuela e Paraguai registram três óbitos por milhão, a Costa Rica tem cinco e Cuba e Uruguai estão com oito mortes por milhão de habitantes. Na ponta oposta, estão acima de 300 mortes por milhão o Chile, o Peru e o Brasil. Os dados foram consolidados na quarta-feira (8).

EPICENTRO DA COVID-19

O último boletim do Centro de Relações Internacionais em Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (Cris-Fiocruz) sobre o Panorama da Resposta Global à Covid-19, divulgado na terça-feira (7), destaca que as Américas são o atual epicentro da pandemia e concentram mais de metade dos mortos e dos casos no mundo, liderados, de longe, por Estados Unidos e Brasil, únicos países que alcançaram a casa do milhão de infectados.

O planeta passa dos 12 milhões de casos confirmados de covid-19 e dos 556 mil óbitos, com Estados Unidos passando de 3 milhões de casos e de 133 mil mortes. O Brasil tem 1,8 milhões de casos e ultrapassou 70 mil mortes, o que corresponde a um estádio do Maracanã lotado.



BN
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