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Criminosos interceptam ambulância do Samu em Salvador e matam casal

 

Criminosos interceptam ambulância do Samu em Salvador e matam casal
Foto: SMS

Quatro homens armados interceptaram uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para matar o paciente e sua acompanhante (Samu) na noite desta segunda-feira (29), em Salvador. O crime ocorreu por volta das 21h50, na Estrada do Derba, na rotatória do Hospital do Subúrbio.

 

Procurado pelo Bahia Notícias, o coordenador do Samu, Ivan Paiva, disse que a equipe de socorristas foi buscar o paciente, com lesão provocada por arma de fogo, na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Santo Inácio. O Samu levava o homem e a namorade dele, que não estava ferida, para o hospital, quando o veículo foi interceptado pelo grupo armado.

 

Segundo a assessoria de comunicação da Polícia Militar, os criminosos chegaram em um carro de modelo ônix, na cor branca, invadiram a ambulância e executaram o casal. 

 

Os profissionais de saúde não foram feridos fisicamente, mas, com o abalo psicológico, o condutor desenvolveu uma crise hipertensiva e precisou de atendimento médico. "Certamente ninguém, depois de uma situação como essa, volta a dar plantão", frisa o coordenador do Samu, ao dizer que os plantonistas envolvidos no incidente provavelmente serão afastados de suas funções por um tempo para que possam se recuperar.

 

Quanto aos criminosos, a Polícia Militar informou ao BN que os quatro fugiram do local. Agentes da 31ª CIPM e guarnições do Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv) se deslocaram para a região e isolaram a área até a chegada do Serviço de Investigação em Local de Crime (Silc) para proceder com a perícia e a remoção dos corpos. O caso será investigado pela Polícia Civil.

 

FATO REINCIDENTE

Não é a primeira vez que uma equipe do Samu passa por isso. Paiva lembra que, em 2015, um caso semelhante ocorreu, com interceptação do veículo e o paciente assassinado.

 

A partir dali, o órgão instituiu um plantonista para o Centro de Operações Especiais (COE). "A gente tem esse profissional e, normalmente, quando tem um chamado, seja ele qual for, de lesão por arma de fogo, a gente só entra na cena se houver escolta policial. A população às vezes não entende, mas já houve situação da unidade tentar socorrer e ainda estar ocorrendo o conflito. A segurança do socorrista vem em primeiro lugar, pois são profissionais de saúde, não heróis", esclareceu Paiva.

 

Como no caso desta segunda-feira o paciente já estava numa UPA, uma viatura deveria escoltar a ambulância até o hospital, mas isso não aconteceu. De acordo com Paiva, havia militares na UPA Santo Inácio, então, o Samu agora tenta entender por que não houve esse apoio.






BN

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