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Caboclo teria dito a funcionária que 'acabaria com carreira' dela, aponta depoimento




A funcionária responsável por fazer a denúncia que afastou Rogério Caboclo da presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) prestou depoimento no dia 14 de junho à Comissão de Ética da entidade. 
Segundo o site ge.globo, que obteve acesso à fala, compartilhada com o Ministério Público, nesta sexta-feira (9), a mulher detalha as ameaças feitas pelo dirigente. Entre elas, a de que ele "acabaria com a carreira dela".

 

Na época em que ela descobriu as ameaças, estava licenciada da confederação por problemas de saúde. A relação com Caboclo ficou marcada, segundo o depoimento, pelas tentativas dele de interferir em sua vida pessoal, além do consumo de bebida alcoólica no horário de trabalho e em eventos públicos, como reuniões com clubes e federações estaduais.

 

O dirigente negou que tenha feito isso. "Trata-se de absoluta mentira. O presidente da CBF, Rogério Caboclo, não fez essa ameaça. Pelo contrário, ele recebeu, por meio de terceiros, a ameaça de que, caso a CBF não pagasse R$ 12 milhões para a funcionária, ela o acusaria formalmente de assédio", disse, por meio de assessoria de imprensa.

 

Em outro episódio relatado pela funcionária, o motorista de Rogério Caboclo teria sido visto rondando o apartamento da irmã dela, durante a noite, no Rio de Janeiro, e chegou a ser confrontado pela moradora sobre o que ele queria. A resposta foi de que estava procurando a funcionária.

 

"Não houve, absolutamente, o conhecimento prévio ou autorização de Rogério Caboclo para que tal visita fosse realizada. Tão logo soube do acontecido, o presidente da CBF repreendeu duramente o funcionário por seu ato. O motorista foi por vontade própria e sem o conhecimento de Caboclo, o que o motorista reconhece em depoimento", replica a assessoria do presidente afastado.

 

Sobre a interferência de Caboclo em sua vida, a funcionária relatou uma série de episódios. No primeiro, o dirigente teria dito, durante uma viagem de trabalho, que era inacreditável que ela ainda estivesse solteira - momento negado por Caboclo.

 

No segundo, ele teria convocado uma reunião para anunciar o suposto noivado da mulher com um colega de trabalho da CBF. Isso porque este tinha se mudado temporariamente para a casa dela, a fim de evitar que a mãe corresse risco de se infectar pelo novo coronavírus.

 

"O episódio ocorreu durante despachos corriqueiros com diretores que estavam na sala da presidência, ocasião em que a acusadora espontaneamente entrou no recinto e houve um breve comentário, em ambiente informal e entre amigos", alega o dirigente.

 

Além disso, Rogério Caboclo seria responsável por chamar a funcionária de "cadelinha" em seu apartamento em São Paulo, e logo após oferecer um biscoito canino e latir para ela. No dia seguinte, ele ainda teria dito que ela não poderia manter "relações de amizade ou amorosas com ninguém dentro da CBF", e que deveria "mudar suas vestimentas, até mesmo seus cabelos, fazer luzes e usar cílios postiços".

 

"Em instituições do porte da CBF é comum o estabelecimento de padrões a serem seguidos na vestimenta e apresentação pessoal. No caso concreto, houve um bônus salarial para a compra de vestuário e ela se disse grata pelo gesto da direção da CBF. Em relação a cabelo e cílios, Caboclo jamais fez menção a esses aspectos", diz a assessoria.

 

Outro ponto detalhado pela funcionária no depoimento foi o episódio em que Caboclo perguntou se ela "se masturba".

 

"Após lhe dizer para que tirasse a máscara e oferecer-lhe vinho, o que a declarante negou, passou a falar coisas desconexas porém de temas desagradáveis à declarante, chegando a declarar que tinha 'umas 200 putas' em sua agenda de celular, emendando em seguida '200 não, mas umas 20', referindo-se de forma chula a prostitutas", revela o depoimento.

 

A fala teria ocorrido no jardim de inverno contíguo ao gabinete do então presidente. O lugar é "sombrado, que conta apenas com iluminação indireta, onde [ele] estava bebendo vinho".

 

A defesa de Caboclo também se posicionou sobre o consumo de bebidas alcoólicas durante o expediente. "O presidente Rogério Caboclo nega veementemente o consumo de bebida alcoólica durante o expediente, seja na CBF ou em viagens. Ele também declara que não tem problema com o uso de bebida alcoólica. É prática difundida e socialmente aceita no Brasil o consumo moderado de bebidas alcoólicas, fora do horário ordinário de expediente, em reuniões com pessoas ligadas ao trabalho. A própria funcionária que fez as acusações reconhece que gravou áudios de Caboclo durante esses momentos informais. Outra funcionária, responsável pelo departamento de compras da CBF, afirma, em depoimento, que as compras de bebidas alcoólicas abasteciam os eventos da entidade. Afirmou também que nunca o viu beber", alega.

 

Com o afastamento do dirigente da presidência da CBF, Coronel Nunes foi quem assumiu a entidade de forma interina. Caboclo diz ser vítima de um complô armado pelo ex-presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, que está banido do futebol. Ele acusa Del Nero de ter oferecido R$ 12 milhões para a funcionária ficar em silêncio. 

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