Instituição diz que vai contar com suporte de professores parceiros para não prejudicar os alunos em final de semestre
Os professores da Faculdade 2 de Julho suspenderam nesta terça-feira (23) as atividades depois de decretar a greve na última quarta-feira. A maior parte dos docentes reclama que está com seis meses de salários atrasados, mas alguns professores manifestaram em assembleia que já acumulam 11 meses de atraso.
Além da remuneração mensal, há férias e 13º salários não pagos, somando-se a isso o atraso no pagamento das contribuições previdenciárias e o recolhimento do FGTS.
O professor dos cursos de Direito e Administração Efson Lima conta que ele e os colegas vem cobrando a regularização do pagamento, mas que a situação ficou insustentável agora. “Eles vêm pagando 30%, 50% do salário ao longo dos últimos meses, mas o passivo agora já corresponde a seis meses de salário atrasado”, conta. “A situação agora ficou insustentável e os professores resolveram fazer a greve para ver se conseguem ter o pagamento de alguma remuneração”, completa.
Em comunicado divulgado nesta terça-feira (23) em seu site, a Faculdade 2 de Julho, administrada pela Fundação 2 de Julho, diz está ciente da gravidade do momento e informa as aulas nos cursos de Direito, Administração, Comunicação serão mantidas com a finalidade de garantir a conclusão do semestre de 2021.2 e das futuras turmas.
“Para dar continuidade às aulas dos professores que aderiram ao movimento de paralisação, a instituição contará com o suporte de professores parceiros, por colaboração, e lançará de mão dos recursos possíveis para que os estudantes não sejam penalizados, enquanto buscamos uma solução para o impasse com os colaboradores da Instituição”, diz trecho do comunicado da instituição.
Segundo Efson Lima, os diretores da Faculdade e da Fundação 2 de Julho tiveram uma reunião com os professores na noite de segunda-feira (22) e expuseram os problemas financeiros da instituição. “Eles disseram que devem R$ 38 milhões em tributos e R$ 20 milhões em ações trabalhistas, mas não é o empregado que deve arcar com o ônus do empregador”, afirma.
Ainda segundo Efson, a faculdade tem atualmente 54 professores e apenas 300 alunos