O religioso pedia fotos íntimas e oferecia um 'abraço terapêutico' para, sob esse pretexto, esfregar o próprio corpo nas vítimas
RIO - A Justiça decretou, nesta última sexta-feira 14 de janeiro de 2022, a prisão preventiva do pastor Sérgio Amaral Brito, de 49 anos, acusado de estuprar pelo menos oito mulheres. Como ele já estava atrás das grades desde 16 de dezembro, o prazo da prisão temporária de 30 dias estava prestes expirar. Agora, não há tempo definido para que ele permaneça na cadeia, enquanto aguarda o curso do processo.
De acordo com o delegado Angelo Lages, titular da 66ª DP (Piabetá), responsável pelas investigações, os relatos na delegacia das oito vítimas identificadas aponta para um mesmo modo de atuação do religioso. Sérgio, que também se apresentava como psicanalista, sexólogo e terapeuta, se aproveitava de sua posição para se aproximar gradativamente das mulheres.
— São oito vítimas uníssonas. Todas com o mesmo tipo de declaração, o que comprova que os crimes aconteceram. Tudo seguia um roteiro, era o modus operandi dele. Na relação de pastor, de terapeuta, ele ganhava a confiança, dava aqueles abraços, e ia evoluindo até chegar ao abuso — conta o delegado.