O senador petista e ex-governador Jaques Wagner, que até dias atrás estava garantido na pré-candidatura ao governo da Bahia, vive uma montanha russa de incertezas quanto ao pleito de outubro. Um novo capítulo se abriu nesta sexta-feira (25), quando o deputado Jorge Solla, vice-líder da oposição, declarou à imprensa que a sigla manterá Wagner na corrida ao governo, enquanto Otto seguirá a corrida pela reeleição no Senado Federal.
Além de Solla, outros nomes do PT baiano também manifestaram apoio à manutenção de Wagner na corrida pelo Palácio de Ondina. É o caso do deputado federal Valmir Assunção, que aposta no ex-governador baiano para "continuar o projeto de sociedade" dos petistas iniciado em 2006, com a derrota do carlismo nas urnas naquela ocasião.
Em relação a Otto Alencar, os petistas o vêem como um dos mais atuantes e bem vistos senadores da legislatura atual. "O senador Otto Alencar merece ser candidato à reeleição pelo excelente trabalho que fez naquela Casa”, declarou o deputado estadual Paulo Rangel (PT).
Por fim, à imprensa, o presidente do PT na Bahia Éden Valadares declarou por meio de nota que as especulações da imprensa são "naturais". "Eu, enquanto presidente, mas também Wagner e Rui [Costa, governador da Bahia atualmente] que são nossas maiores lideranças, temos feito o exercício de ouvir bastante, projetar cenários e volta e meia isso vira alvo de especulação. É natural. Mas o PT é um partido grande, plural, que prima muito pelos processos coletivos e respeito às instâncias. Qualquer definição ou atualização da nossa tática eleitoral será discutida e aprovada nos fóruns adequados”, concluiu.
Enquanto isso, segue o imbróglio resultado da decisão de Rui de ser pré-candidato ao Senado, mesmo que para isso, o partido tenha que se readaptar para um cenário completamente diferente do que projetado com Wagner na cabeça da chapa.
por Felipe Dourado, de Brasília