De malas prontas para sair do Patriota após ser retirado da presidência municipal da sigla, o vereador Átila do Congo espera o aval do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-BA) para deixar o partido. Ainda sem dar detalhes sobre o futuro, o vereador lembrou que é da base do prefeito Bruno Reis, mas que tem boa relação com Geraldo Jr. - mesmo em meio à crise política entre os dois líderes . Conforme Átila, sua retirada da presidência foi um ato covarde, embasado em uma perseguição política e alheio tanto ao regimento interno quanto ao estatuto da sigla.
Para o vereador, nenhuma das suas atitudes justifica sua retirada da presidência municipal do Patriota. Ele conta que soube da decisão por um comunicado e não conseguiu conversar com o presidente estadual, Alexandre Marques. “Trata-se de uma perseguição política. Ele iria dobrar com o deputado Cajado para deputado federal, algo não saiu como ele queria e daí ele começou a tomar as medidas de perseguição contra mim porque sou uma pessoa ligada ao deputado Cajado. Liguei, mandei mensagem e ele não respondeu em uma atitude covarde”, disse.
Ainda de acordo com o político, Marques descumpriu com o regimento. “Ele agiu errado, até porque o estatuto diz que eu deveria ter direito a defesa já que, se ele fosse me dar uma punição, deveria me dar direito de defesa e não cumpriu nada. Fala tanto em regimento e estatuto e não cumpriu”, ponderou.
Ao Bahia Notícias, o vereador adiantou que sua permanência no partido tem dias contados. “Me sinto constrangido, minha permanência no partido é inviável, mas não posso sair assim. Já consultei mais advogados para fazer tudo dentro da legalidade e vamos tomar todas as medidas cabíveis. Espero que o TRE decida favoravelmente e entenda que essa é uma situação totalmente clara. Fica inviável minha permanência no partido”, defendeu.
O Bahia Notícias buscou Alexandre Marques, presidente estadual do Patriota, para saber a posição dele sobre as acusações do vereador Átila do Congo. A reportagem chegou a conseguir contato com o presidente, que pediu que retornasse posteriormente, a partir daí, as ligações não foram mais atendidas.
NOVOS RUMOS
Provocado sobre as possibilidades que deve seguir, o vereador lembrou que apoia a base do prefeito Bruno Reis, mas não negou outras possibilidades. “Não vou entrar em briga de quem sequer faz parte da gestão municipal ou faz parte do parlamento, então não vou entrar em briga de forças ocultas que não são tão ocultas. Não vou entrar em briga de candidato do governo do estado. Essa briga eu não entro. Faço parte da base do prefeito, voto com ele, tenho uma excelente relação com o presidente Geraldo Jr. e pretendo continuar assim agora para eu rachar com a base do prefeito é se tentarem me coagir de alguma forma”, disse.
Foto: Divulgação / CMS
por Vitor Castro
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