O professor e arquiteto Paulo Ormindo deu maiores detalhes sobre o projeto que serviu de base para a obra do túnel subterrâneo exclusivo para pedestres que deve ligar o Campo da Pólvora ao Comércio. A ideia foi anunciada pela Secretaria Municipal de Infraestrutura e Obras Públicas (Seinfra) na última quarta-feira (8).
“A prefeitura, mais especificamente a Fundação Mário Leal Ferreira, contratou um grupo de professores ligados à USP para consultoria de como melhorar a mobilidade do centro histórico”, lembra Paulo Ormindo. Na reunião, o grupo propôs um alargamento da Avenida Sete de Setembro, ao que o arquiteto discordou e fez a contraproposta do túnel subterrâneo.
“Para melhorar a mobilidade, tem duas possibilidades: ou é subterrânea ou é aérea", afirma ele. A ideia inicial trazia ainda passarelas ligando o Centro Histórico com a Avenida Joana Angélica. De acordo com Ormindo, a ideia chegou à Prefeitura de Salvador no fim da gestão do prefeito ACM Neto (União). O arquiteto se reuniu com a prefeitura para discussão do projeto em 22 de novembro do ano passado.
Para ele, a construção do túnel é positiva e uma forma de otimizar a utilização do metrô . “Acho uma possibilidade interessante articular os 3 níveis da cidade. Cidade Baixa, Baixa dos Sapateiros e o nível da Cidade Alta, a Avenida Joana Angélica e articular tudo junto ao metrô”, aponta ele. “Pegaria todos os passageiros do Comércio, passageiros que chegam pelas lanchas ou pelo ferry boat e até mesmo turistas de cruzeiros, o pessoal do subúrbio ferroviário e todos os passageiros de ônibus", completa, em entrevista ao Metro1.
Metro1