Foto: Betto Jr. / Secom PMS |
A Prefeitura de Salvador entregou mais 106 casas reformadas pelo programa Morar Melhor no bairro de Praia Grande, na região do Subúrbio Ferroviário, promovendo mais dignidade para famílias de baixa renda que viviam em habitações com estruturas de baixo padrão construtivo. O ato de entrega das melhorias habitacionais foi feito pelo prefeito Bruno Reis nesta quinta-feira (27) ao lado de autoridades municipais.
A iniciativa chegou a Praia Grande pela segunda vez, totalizando mais de 300 imóveis beneficiados. Por meio do programa, são realizados serviços que vão desde pintura e reboco à reforma do telhado, passando ainda pela criação e ampliação de cômodos, a exemplo de banheiro, além da troca de portas, janelas, pia e vaso sanitário. Tudo é feito conforme a escolha dos próprios moradores.
Em Praia Grande, Bruno Reis percorreu casas de pessoas beneficiadas e falou sobre a gratidão demonstrada: “O Morar Melhor, sem sombra de dúvidas, é o melhor programa da Prefeitura. Nos últimos anos, a gente conseguiu idealizar, tirar do papel e entregar à cidade diversos projetos. Mas, sem sombra de dúvidas, este é o que as pessoas mais pedem, é o que os soteropolitanos têm mais expectativa de que possa chegar ao seu bairro”, disse.
“É o programa que efetivamente tem o maior alcance social. Eu digo sempre: não há nada mais sagrado, mais precioso para o ser humano, do que a sua casa. É na nossa casa que a gente cria os nossos filhos, que a gente descansa após um dia de trabalho para retornar no dia seguinte. É nela que a gente recebe um familiar, um amigo”, completou o prefeito.
Sonho realizado - Uma das 106 casas reformadas foi a de Maria Domingas, de 68 anos, nascida e criada no bairro. Cozinheira de mão cheia, ela criou nove filhos nesta residência, que lhe deram 16 netos e cinco bisnetos. Até hoje, trabalha fazendo salgados como fonte de renda.
“Moro aqui desde que nasci, e minha casa estava precisando de vários serviços, como o conserto do telhado. Às vezes, molhava muito em dias de chuva forte. Eu não conseguia fazer nenhum tipo de reforma aqui, somente uma pintura de vez em quando, pois não tinha condições financeiras. Não é fácil ter dinheiro para comprar material, fora que a mão de obra também é cara”, contou Maria Domingas.
Além da troca completa do telhado, a casa recebeu reboco e pintura novos. Até um banheiro, que não existia, foi construído com todo o conforto. “Eu já tinha ouvido falar do Morar Melhor e torcia para que chegasse aqui na nossa comunidade. Hoje, o meu sentimento é de alegria e de agradecimento. Estou muito feliz por minha casa ter sido uma das mais bonitas do bairro”, comentou a cozinheira.
Bruno Reis citou os benefícios: “Na casa de Dona Domingas, o telhado era baixo e não tinha banheiro. Nós fizemos um ‘puxadinho’ no fundo, como alguns dizem, que virou uma área de serviço com banheiro. Também subimos o teto e colocamos janela no corredor para melhorar a ventilação. Agora, ela não terá mais problemas com as chuvas, porque o telhado é novo. A gente diminuiu a insalubridade da casa. Então, a gente também está trazendo saúde, porque as pessoas vão morar em melhores condições”, afirmou.
Programa - O Morar Melhor já entregou mais de 52 mil casas reformadas em mais de 300 localidades. Até o final de 2024, serão requalificadas mais 4 mil residências. Entre os locais beneficiados este ano estão Calabetão, Arenoso, Nova Constituinte, Ilha Amarela, Lobato, São Gonçalo do Retiro, Pirajá, Mirantes de Periperi, Calafate (Fazenda Grande do Retiro), Parque Tercal (Campinas de Pirajá), Buraco da Gia (Brotas), Santa Mônica, Narandiba e Bairro da Paz.
São selecionados pelo programa locais com maior precariedade nos imóveis e na infraestrutura, com base em dados do IBGE e na observação de campo; com maior predominância de domicílios com alvenaria sem revestimento; maior predominância de pessoas que vivem abaixo da linha da pobreza; maior predominância de mulheres chefe de família e maior densidade habitacional. Não são contemplados imóveis em situação de risco, imóveis de aluguel ou famílias que apresentem renda superior a três salários mínimos.
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