Agnaldo Roberto Betti, de 58 anos, é um conhecido pastor do universo evangélico brasileiro, com quase meio milhão de seguidores nas redes sociais. Ele foi preso em casa na quarta-feira (3) pela Polícia Federal, com auxílio de policiais militares, em Valinhos, no interior de São Paulo, sob a acusação de compartilhar pornografia infantil. As autoridades já o investigaram pelo mesmo crime anteriormente, há alguns meses e, então, um mandado de prisão contra o clérigo foi expedido por uma nova acusação do gênero.
O que os agentes da PF não imaginavam é que ao invadirem a casa de Betti ele estaria naquele exato momento compartilhando arquivos de pornografia infantil por meio de um aplicativo específico. De acordo com a versão dos policiais, ele tentou ainda desligar e bloquear o celular e o notebook, além de apagar alguns arquivos, mas a ação foi rápida e as provas foram recuperadas.
Liderança da Assembleia de Deus Ministério Belém, o pastor tem um canal no YouTube voltado para a evangelização de jovens, onde oferece “aulas e palestras bíblicas”. A direção da denominação afirmou que Betti foi afastado “até que os fatos sejam devidamente apurados”. O problema é que a PF informou que o acusado já tinha sido indiciado por um caso idêntico no começo deste ano e, ao que consta, nada foi feito pela igreja.
A ação foi levada a cabo no âmbito da Operação Escudo da Inocência, que visa proteger crianças e adolescentes que são vítimas de abuso sexual no país. Após a detenção, Betti foi encaminhado para a Delegacia de Polícia Federal de Campinas, prestou depoimento, realizou exame de corpo de delito no IML da cidade paulista e foi finalmente encaminhado para um presídio da região, por determinação do juiz da 9ª Vara Federal de Campinas.
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