Essa foto foi em Porto Seguro e apavorou moradores e turistas a instalação de "Paredão" em pleno réveillon de 2020. |
Festas regadas a muita bebida alcoólica, drogas e incentivo ao sexo precoce, essa tem sido uma rotina constante em muitos estados brasileiros, entre eles Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo.
Nesses chamados "Paredões" é constante, o uso indiscriminado de entorpecentes, músicas que depreciam a figura da mulher, incentivam a violência, carregadas de xingamentos, agressões verbais e violência extrema através das brigas muito comuns nesses ambientes.
As vestimentas e o corte de cabelo dos jovens fãs de paredões, são bem parecidos, geralmente a maioria anda sem camisa e uma enorme corrente de ouro ou prata no pescoço, bermuda rebaixada e no linguajar gíria carregada como : "Colé mano", "É nóis" , "Tá ligado maluco" , "Qual é velho", "Seu P...no..C..." e muitas outras aberrações.
Muitas meninas acabam sendo expostas, em muitos casos com a aprovação da própria família, muitos acham "normal", uma criança de 12 anos com short curto dançando até o chão, músicas pornográficas e com apologia as drogas e a violência.
Muitas acabam engravidando, largando os estudos e vivendo uma vida miserável, com parceiros agressivos e quando conseguem se separar sem serem vítimas da violência, na maioria das vezes acabam engravidando de outros parceiros e seguem suas vidas sem nenhuma estrutura familiar.
Em uma entrevista ao site Acorda Cidade de Feira de Santana em 2023 o subcomandante da polícia militar da Bahia o Coronel Machado disse:
"O paredão é uma cadeia produtiva do narcotráfico"
Na época o coronel comentou também sobre os números divulgados pelo anuário do Fórum Nacional de Segurança Pública, onde Feira de Santana foi citada como a 9ª cidade mais violenta do Brasil. Ele frisou que entende que estes números envolvem várias questões de geografia e população da cidade, como também relacionadas ao narcotráfico.
“A gente tem que ver isso de diversas maneiras e pontos, estamos falando de violência intrafamiliar, violência contra a mulher e dizer que no Brasil muita gente vem comprando drogas e financiam crimes. O paredão é uma cadeia produtiva do narcotráfico e muita gente vai consumir a bebida, comida, colaboram com isso. Se há um aumento do narcotráfico e da violência é porque as pessoas estão consumindo, o narcotráfico aumenta sua cifras”, relatou.
O coronel salientou também que a Polícia Militar vem trabalhando de forma integrada com a Polícia Civil e Polícia Técnica para reduzir os números e já é possível ver uma queda de homicídios e de crimes contra o patrimônio por exemplo, no mês de junho e já no mês de julho.
“Tanto que estamos intensificando as abordagens a pessoas, veículos, adquirindo aparelhos, viaturas, drones e outros equipamentos. Contamos com a ajuda da imprensa e também da população. São várias frentes e programas como, por exemplo o Proerd, com os jovens, palestras em escolas, que colaboram para a erradicação das drogas. Vejo de maneira positiva que estamos com redução se nós não estivéssemos fazendo isso, teríamos transformado narcoestado. Não conheço facção, conheço Polícia Militar, Polícia Civil. Temos aí bandidos que a gente prende e que podem um se ligar a outro e talvez se agrupem. Mas vamos continuar atuando como sempre com ostensividade e para acabar com isso”, concluiu.
TEXTO: Marcius Pirôpo
fonte de pesquisa: Acorda Cidade